Nada se transforma, tudo se copia

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Após um bom e reconfortante período de descanso, em que desfrutei do imbatível mar do litoral baiano, o qual já, há muito, defini como melhor que o Caribe – que conheço bem – com a vantagem de que a rede hoteleira de lá não invadiu a nossa área pasteurizando tudo – sem deixar de reconhecer que é admiravelmente luxuosa, mas tudo tem seu tempo e lugar e a mim me atrai muito mais o aconchego das pousadas e o desenho de uma natureza verde que eles não possuem – retorno já saudoso à minha verdadeira praia, minha Ipanema, cujo orla do lago me encanta, e à insegura Porto Alegre. Afastado de quase tudo desembarco em meio a um clima político hostil, como em Sodoma e Gomorra, com todo mundo correndo receoso de virar estátua de sal se olhar para trás, e a capital mais insegura de que quando deixei, tornando a população em alerta de pânico constante a qualquer saída às ruas.

Pouco ou nada vi e sei dos jogos do Grêmio, que consegui acompanhar apenas pelo aplicativo, a não ser as magistrais defesas de Grohe pela LA, que milagrosamente impediram a desclassificação precoce do tricolor – se tivesse perdido eu jogaria a toalha – e o genial gol de Lincoln, que foi repetido até no canal Cartoon Network, tal a pintura do lance.

Voltei num dia e o no outro, ontem, já tive que exercer meu professorado na Escola Nacional de Seguros, mal dando tempo para me dar conta que estava, de fato, no torrão de origem. Pois sequer me lembrava, ontem, do jogo do co-irmão e ao sair da aula, costumo sempre, passar no Chalé da Praça XV e fazer um lanche breve para seguir ‘viagem’ a Zona Sul. Para minha surpresa ao me acomodar numa das boas mesas que a casa oferece (não estou fazendo comercial) me deparo com Anderson prestes a bater um pênalti que pensei fosse no decorrer do jogo. De repente a vibração dos jogadores do Fluminense me despertaram que aquilo era o final do jogo. Pobre Anderson. Pensei que era o final do campeonato, tal a vibração dos jogadores do pó de arroz e me chamou a atenção ver o estádio vazio para uma final. Não sequer final era. Em casa caiu a ficha ao ver Flamengo e Atl PR este sim com um estádio se não lotado com um público digno.

Estou voltando à realidade e nesta volta me cai no colo a foto que ilustra a coluna de hoje, que é da década de 90, inicio de uma caminhada vitoriosa do Grêmio e período em que mais se ganhou taças neste país em sequência, não sei se algum clube brasileiro ganhou tanto quanto ganhamos em ‘carreira’, CB, duas, B, LA, 2 Recopas e Gauchão sei lá quantos mas até com o Banguzinho, entre outros títulos menos relevantes como a copa que antecedeu a Suruga com o mesmo estabelecimento que ao mudar de denominação alterou o nome da disputa. Puxa isto dói até hoje em muita gente.

A foto, que me foi concedida por Adalberto Preis, que a encontrou há tempos no Blogue do Mosqueiro, do hoje Vice do CA, Antônio Dutra Júnior, retrata um cartaz colocado por Epifânio Loss na entrada de Porto Alegre.

No detalhe está: Grêmio Campeão de Tudo. Logo me veio o ditado: nada se transforma, tudo se copia.

Saudações tricolores

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3 Comments

  1. Cláudio Pereira
    27 de março de 2016 at 10:57

    Eu colocaria outro Outlook como “campeão de Todos”.

  2. Cláudio Pereira
    27 de março de 2016 at 10:59

    Outdoor

  3. Geraldo Antoine deAlmeida
    27 de março de 2016 at 12:23

    Em termos do “tudo se transforma” de Antoine Lavoiser; falando da tradicional rivalidade, tendo já visto de tudo nessa minha idade,apenas tenho curtido os 9X2 em dois GRE-nal seguidos ou só o 5X0 mais do que centenário . Excelente e chamativa essa tua coluna. Forte Abraço

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