O governo estadual deve mais para a área da segurança pública dos cidadãos gaúchos

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O governador Ivo Sartori passou a ser cobrado diretamente pelo avanço da criminalidade e até mesmo pela ocorrência de confrontos mortais como o que ocorreu na sexta-feira, dia 22,  em Porto Alegre, do qual resultaram mortos quatro bandidos e feridos dois brigadianos, estes, agora, saudados como heróis do povo gaúcho, o que é mais do que merecido.

As cobranças não vão parar.

Não se trata apenas da dramática falta de efetivos, recursos financeiros e salários atrasados, o que ocasionou o sumiço do policiamento ostensivo, o que obriga a Brigada Militar a contar com o dever, competência, coragem e heroísmo dos seus agentes, que passaram a atuar de modo reativo.

É que também falta equipamento e até mesmo presídios, fato que obriga a Susepe a alojar criminosos em delegacias de polícia.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (Abamf), Leonel Lucas, disse ao jornal Correio do Povo de hoje que  já passou da hora de o Estado se dar conta dessa disparidade, evidenciada no confronto de sexta. “Nesta ação podemos notar vários exemplos que indicam vantagens dos bandidos no que diz respeito a equipamentos. Primeiro: o fato de o brigadiano portar um revólver calibre 38 na cintura e o bandido disparando com fuzil, como todos viram. Houve perseguição nessa ocorrência e, portanto, temos que reparar que a Polícia circula com uma viatura com motor 1.0 e os criminosos com veículos muito mais potentes. A conclusão é que não temos materiais compatíveis com os usados pelos bandidos e está escancarada a necessidade de investimentos”, ponderou.

Da mesma forma pensa o presidente da Associação dos Sargentos e Subtenentes da Brigada Militar (ASSTBM), Aparício Santellano, O dirigente adverte que não quer ver “heróis mortos”. “Nessa ocorrência, os policiais tiveram sorte e proteção divina. Não é de hoje que nós denunciamos a falta de investimentos. A Secretaria da Segurança tem que tomar providências. Se isso não for revertido, nossos brigadianos vão seguir dia e noite correndo risco de morrer. Foi um ato heroico sim, mas repito que houve muita sorte e uma proteção sobrenatural”, analisou.

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