Cidadania política qualificada: quando teremos? – Por Walter Lídio Nunes

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Diz o ditado: se jabuti aparece em copa de árvore, é porque alguém o pôs lá. Acostumamo-nos a reclamar da crise política de governança pública, da péssima qualidade da saúde e da segurança, da corrupção endêmica, da inflação, da recessão e da qualidade dos políticos. Esquecemos o fato de que nossas escolhas tem, sim, consequências? Desconsideramos que nossos governantes são resultado do nosso voto? Enquanto o clientelismo e as promessas populistas asseguram a apropriação das instituições públicas por grupos políticos bem articulados, a sociedade deixa de impor seus interesses na ação dos governantes e parlamentares, num ciclo vicioso que só se completa com a nossa anuência e/ou omissão. O momento atual evidencia que erramos e a gravidade da crise nos conscientiza que devemos agir. A próxima eleição municipal é a oportunidade de começar a reverter este quadro e a mudar o País. As lideranças sociais municipais e suas entidades apolíticas devem convergir para uma agenda de mudanças e discuti-la com os candidatos visando a um compromisso transparente. Nesta agenda deve estar a modernização da gestão, a redução de cargos comissionados, a transparência e o compromisso do uso eficiente dos recursos públicos. Nossa mobilização deve continuar após as eleições, com um controle social participativo da governança municipal. Só a cidadania sócio política elegerá uma nova classe de políticos comprometidos com os interesses da sociedade que os elegeu – e não com as necessidades patrimonialistas de partidos que mais parecem franquias políticas, tão distantes das agendas modernizantes para o Brasil. Não basta se indignar em frente à televisão diante de cenas de corrupção, de assaltos, de assassinatos ou de hospitais superlotados. Precisamos mais. Precisamos ter a atitude de querer mudar através do exercício da nossa cidadania sócio política, único caminho para reerguer o País.

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