Entrevista com a ex-governadora Yeda Crusius

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Rede de Opiniao: Como a sra. vê a situação do país?

Yeda Crusius: Complicadíssima. Como o processo de impeachment dá esses “até 180 dias” para concluir, até lá o presidente é temporário e portanto limitado nas ações. Enquanto isso a já profunda crise se aprofunda ainda mais, e medidas devem ser tomadas, exigindo equilíbrio e competência, já que há uma expectativa e uma cobrança muito fortes na sociedade. Da mesma forma, haverá uma oposição aguerrida e muito bem organizada, em grande parte ainda dentro do governo aparelhado pelo PT.

RDO: Temer começou bem?

YC: Sim. Assumiu que é o presidente, e assim tem agido, sem festas porque sabe o tamanho do desafio. Seu ministério tem nas áreas-chave pessoas de alta competência e autonomia, como é o caso das Relações Exteriores, Fazenda, Desenvolvimento Social, AGU. As críticas são permanentes e vieram de forma imediata, claro, pois é o retrato da composição partidária presente no Congresso, portanto com fragilidades em relação ao que poderia ser um governo montado logo após eleições com um programa de governo já pronto. Um dos grandes desafios deste governo é a comunicação, vital para que a população tenha presente a natureza das decisões e acompanhe as ações.

RDO: O que vai fazer o PSDB?

YC:O PSDB participará com seus quadros em qualquer nível de governo que for solicitado, e haverá o apoio dentro do Congresso Nacional.

RDO: O que vai fazer o PT?

YC: Vai tentar infernizar o governo Temer, pois nesses 13 anos de governo do PT pode aparelhar tudo, e dos aparelhos partirão movimentos, greves, guerra de contra-informações. Serão tempos agitados. Por isso todo o apoio que o governo Temer puder agregar com os demais partidos lhe dando base e sustentação é vital para contrapor a isso em todo o país.

RDO: Que repercussões esta mudança  noNO PLANALTO TERÁ NO RS?

YC: Não haverá preferência na destinação de recursos, com foi durante os governos do PT, mas a situação da economia em direção a uma maior estabilidade favorece o RS. As repercussões de prazo mais longo dependem do que vão fazer, por exemplo, com as PPPs. Toma tempo.

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