Traços peculiares nas gestões de pequenas e médias empresas | Por Dilmar Isidoro

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Existem muitos aspectos inerentes à cultura organizacional dessa categoria de empresas que, de modo geral, se caracterizam pelo lado conservador que preserva as raízes, sem, contudo, notarem as rápidas modificações de conceitos mercadológicos e as influências que as inovações tecnológicas provocam nos clientes e consumidores. Em geral, existe resistência quando se fala em mudanças e tendências de administração moderna e competitiva, sobretudo, quando o assunto está ligado à gestão de pessoas.

Por isso também, se discute se nas pequenas é médias empresas, pode haver estrutura eficiente e ao mesmo tempo ser atuante, sem que haja elevação dos custos fixos. O dinamismo do mercado global demanda respostas rápidas das empresas com maior ênfase nas economistas capitalistas.

Nas últimas décadas, acentuou-se o movimento de fusões e associações de grandes empresas para ampliar suas participações nos mercados onde atuam (empresas aéreas, indústrias, bancos, lojas, magazines…). Para responder a esse movimento, algumas empresas de pequeno porte, sobretudo, as de comércio e serviços, tomaram a atitude de formar redes para terem vantagens em economias de escala, mantendo a independência na direção. Essas redes são mais frequentes nas empresas de transportes coletivos urbanos, farmácias, pequenos mercados de bairros etc.

Outro dado saliente é a grande quantidade de pequenas empresas que compõem a economia nacional. Segundo pesquisas, elas representam mais de 90% do total das empresas formais no País. Chama a atenção também, o elevado número de pequenos negócios que deixam de operar a cada ano, as razões mais comuns são: a ausência de plano de metas e plano empresarial, equívocos na percepção do mercado onde atuavam, falta de gestão administrativa e de pessoas com expertise, desconhecimento do fluxo de caixa, indefinições de custos fixos etc.

Também, se percebe resistência, quando o assunto é inovação tecnológica. Muitas pequenas empresas relutam em rever sua forma de ação no mercado. Isso se deve as influencias conservadoras do fundador. Muitas vezes, suas ideias são repassadas às gerações seguintes com o mesmo modelo gerencial. A configuração da administração familiar tem sido alvo de diversos estudos de casos nos últimos anos.

Os pequenos empreendedores são dotados de coragem para dirigir seus próprios negócios e ficam expostos às responsabilidades sociais com funcionários e fiscais com o Governo. Em vista disso, é importante a busca por conhecimentos para manter a longevidade empresarial. A composição de gestão de pessoas moderna preconiza valorizar competências, habilidades, trabalho em equipe, descobrir lideranças e reter talentos.

A figura do fundador nas empresas familiares é o reflexo de traços peculiares da gestão, onde prevalece: à supervalorização das relações afetivas que, às vezes, resulta em decisões emocionais, valorização da antiguidade considerando-a como atributo que supera a exigência de competência, autoritarismo e paternalismo nas relações entre chefes e subordinados, entre outros valores culturais.

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