Mudança de cultura faz crescer demanda por previdência privada | Por Dilmar Isidoro

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A previdência social no Brasil, administrada pelo INSS, passa por enorme crise financeira e estrutural, devido à falta de revisão atuarial e ausência de planejamento para o longo prazo que o Ministério da Previdência Social deixou de fazer. A litania política e interesses partidários, sempre estiveram acima dos interesses sociais.

Estas falham abriam espaço para o mercado de previdência privada apresentar atrativas ofertas de planos visando a aposentadora. Vale lembrar que até poucas décadas atrás, os montepios tinham este objetivo, mas pecavam em certas competências e muitos não tinham liquidez para garantir o retorno do investimento no longo prazo.

Todavia, atualmente os planos de previdência privada têm mais solidez devido às regras austeras dos órgãos de controle. Por isso, tem-se observado nos últimos anos o aumento do interesse da classe trabalhadora de todos os níveis em buscar alternativas confiáveis para investir, pensando no futuro.

Simultâneo a isso, é visível a mudança de cultura dos trabalhadores jovens que agora passam a planejar o futuro financeiro para depois que pararem de trabalhar. O anacrônico modelo de previdência social do governo deve passar por profundas reformas, caso contrário estará fadado à insolvência.

A previdência privada tem duas modalidades: os fundos de pensões (considerados planos fechados contratados por empresas) e os planos de previdência aberta ao público que estão disponíveis nos bancos múltiplos. Empresas e entidades veem nos fundos de pensões, um excelente benefício para reter talentos e atrair mão-de-obra qualificada.

Profissionais liberais e trabalhadores avulsos podem planejar o futuro através dos planos de previdência aberta. Há várias ofertas de poupança para a aposentadoria, mas é preciso ter cuidado com as escolhas. Recomenda-se consultar profissionais com expertise neste assunto. Do lado das empresas, os fundos de previdência fechada, conhecidos como fundos de pensões são oferecidos para melhorar o retorno financeiro na aposentadoria.

Outra vantagem é que as empresas podem receber incentivos fiscais, o dinheiro arrecadado em cada mês vai para o mercado. Com isso, a economia ganha liquidez para financiar projetos viáveis e gerar novos empregos. Em geral, os fundos tem rentabilidade acima da inflação. A segurança da previdência privada está na fiscalização permanente dos órgãos de controle, do mercado financeiro e de capitais. Esses investimentos têm baixa liquidez, o que significa dizer que o resgate somente ocorre em datas programadas como a saída da empresa ou na aposentadoria.

Por serem destinados à previdência esses fundos costumam seguir estratégia conservadora, mantendo a maior parte dos recursos aplicada em renda fixa e títulos públicos. O limite para aplicações em ativos que oferecem algum tipo de risco é definido por Lei. A forma de organização e detalhes contratuais varia de entidade para entidade, mas as regras gerais são basicamente as mesmas. Os empregados definem as faixas de contribuições de acordo com os valores que são descontados em cada mês na folha de pagamento, podendo haver contribuições extras. Esta modalidade de previdência pode prever outros benefícios como, por exemplo, pensão por morte e aposentadoria por invalidez. Todavia, quanto mais seguros forem incluídos, menor será a capacidade de poupar para a aposentadoria.

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