O BI, OS GRITOS DO ALFREDO,E O CASACO DO NOVELETTO | Por Carlos Josias

O BI, OS GRITOS DO ALFREDO,E O CASACO DO NOVELETTO | Por Carlos Josias

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Não pude ir na ARENA ver mais uma Volta Olímpica do Renato e seus comandados, rotina que bem assola o RS em azul, preto e branco há seis campeonatos.

O Gauchão continua sendo um título menor, não arredo pé disto, mas ganhar do Inter é sempre um campeonato à parte, ainda mais de pênaltis, selando de forma invicta uma campanha em que só levamos um gol. Minha tv tem um pequeno delay em relação a do meu vizinho imediato de prédio, Alfredo Andreatta Schirmer, fraterno amigo que traz no nome a logo de um automobilista que fez história no Estado, Catarino Andreata, ganhava tudo, não tinha prá ninguém.

Em 1953, o automobilismo e o futebol se uniram no Rio Grande do Sul. Com a extinção da Associação Riograndense de Volantes, foi fundado o Automóvel Clube do Rio Grande do Sul, e o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense criou seu departamento de automobilismo, do qual fizeram parte Diogo Ellwanger, José Rímoli, Júlio Andreatta e Catarino Andreatta, que foi convidado para ser seu diretor. Foi em 1964, na 5ª edição dos 500 Quilômetros de Porto Alegre, que Catarino Andreatta subiu ao alto do pódio pela última vez. Era um Renato das Corridas.

Alfredo tem raízes na velocidade, mas o Grêmio é sua paixão maior ainda que seja um fanático por carros e corridas. Esta diferença de tempos entre a TV dele e a minha me permite saber os gols do Grêmio antes de acontecer na minha tela. Assisto os jogos com razoável sangue doce e quando ele brada lá em baixo eu saio prá galera. Ontem foi uma noite tensa, nervosa, como sempre em clássicos, e minha apreensão estava em não escutar o alerta do vizinho, o sinal da alegria. A primeira vez que escutei o André meteu nas mãos do Lomba. Os demais foram no lombo do lomba. O jogo foi duro e tecnicamente deixou a desejar, se alguém merecesse ganhar nos noventa minutos nenhuma dúvida seria o Grêmio.

Meteu um pênalti fora, uma bola na trave. Nos pênaltis falaram os berros do Alfredo, um Paulo Vitor Soberbo e um André corajoso que não se furtou à responsabilidade e cobrou, esta vez, com perfeição. Impecável. A taça entregue foi de um desenho, a meu juízo, como troféu, feio, mas é do Bi. Pior foi o casaco do Noveletto. De chorar.

Saudações Tricolores.

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