Empregabilidade no Brasil: perspectivas | Dilmar Isidoro

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Dezembro de 2019 As relações de trabalho e as oportunidades laborativas, tiveram profundas mudanças ao longo das últimas décadas. A empregabilidade tornou-se bem mais seletiva, fato que dificulta os demandantes por trabalho que, em grande parte, estão à margem da exigibilidade contemporânea.

A contínua evolução tecnológica, o avanço das privatizações e o mercado global acirram a competitividade, algo que não era visto no passado. A capacitação da mão de obra tornou-se requisito básico para os candidatos concorrerem às vagas.

É evidente a necessidade de qualificação dos trabalhadores ativos para permanecerem em seus postos de trabalho. Além disso, é importante saber as exigências das empresas e reunir a expertise (competências e habilidades) para se candidatar as oportunidades.

Do lado das empresas, houve profundas mudanças nos modelos de recrutamentos e nos novos requisitos de perfis dos profissionais para cada função.

Do lado dos candidatos que buscam oportunidade de trabalho, o desafio é identificar os segmentos mais promissores para investir. É preciso saber ainda, quais os setores que estão sendo desativados lentamente. Exemplo disso é a mídia impressa (jornais) que está sendo substituída pela mídia eletrônica. Ter uma profissão definida é importante, além disso, se valorizam as habilidades comprovadas para o exercício de atividades específicas.

Do ponto de vista conceitual, o termo “empregabilidade” significa o conjunto de conhecimentos técnicos, científicos e comportamentais que o profissional precisa reunir, sendo isso essencial às empresas. Portanto, se trata de condição “sine qua non” (indispensável, essencial) para compor os perfis de candidatos.

A terminologia em menção (empregabilidade) passou a ser usada de forma mais incisiva, após a impulsão das inovações tecnológicas, incluindo aí, a concorrência no mercado global e a busca constante por mais eficiência e produtividade.

Mesmo não sendo consenso, parte do mercado admite as seguintes valências como coeficientes influenciadores: [1] Educação familiar e cultural; [2] Experiência no mercado de atuação; [3] Interesse em continuar o aprendizado; [4] Visão holística e acompanhar as tendências do mercado; [5] Capacidade de inovação; [6] Disciplina, hierárquica, etc.

As transformações, quase simultâneas, que ocorreram no mercado de trabalho devido à instabilidade econômica carregada de incertezas para as empresas; o aumento da competitividade provocado pela globalização e o contínuo avanço da tecnologia da informação que eliminou muitos postos de trabalho, reduziu, sobremaneira, essas ofertas. Mesmo assim, existem vagas ociosas porque falta mais capacitação profissional dos candidatos(as).

Por isso, aumenta o trabalho informal e a tentativa de empreendedorismo, mesmo para aqueles sem aptidões para este pleito.

A baixa empregabilidade tem consequências, eis algumas delas: [a] queda na arrecadação de tributos; [b] cresce a inadimplência no setor privado e nas obrigações tributárias; [c] a redução da renda dos trabalhadores, diminui níveis de consumo à vista e a prazo; [d] aumento da taxa de desemprego, etc. Como se pode constatar, estas são alguns das implicações que ajudam a explicar a retração econômica.

Por mais que o governo tende adotar medidas para expandir o consumo, como manter a taxa Selic no menor nível histórico, a volta do crescimento econômico vai depender de como o governo pretende resgatar a confiança do mercado para atrair investimentos de longo prazo.

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