Santa Vitória do Palmar RS, 164 anos de fundação | Por Dilmar Isidoro.

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Fundado em 19 de dezembro de 1855, este Município é o mais meridional do Estado RS. Em grande parte de seu vasto território, está à reserva da Estação Ecológica do Taim, uma das mais importantes do Brasil e da América Latina.

A história conta que a região foi chamada inicialmente de “Campos Neutrais” menção dada por não pertencer nem aos espanhóis, nem aos portugueses. Diz-se também, que o nome “Santa Vitória” deu-se em homenagem a uma santa italiana, chamada de Vitória. A imagem sacra da santa chegou ao então povoado em 1858, vinda da cidade de Ravena, na Itália. Já o termo “Palmar”, foi dado devido a grande quantidade de palmeiras butiás que havia na região. Com o tempo, as palmeiras reduziram bastante, tendo em vista a preferência pelo cultivo do arroz.

Desde o inicio da sua história o Município acolheu imigrantes de várias etnias, com predominância dos imigrantes italianos.

Para o turismo, o Município dispõe de extensa área litorânea com lindas praias (Hermenegildo e Barra do Chuí), lagoas, trilhas rurais e fazendas preservadas que pertenceram a personalidades do Município. No centro da cidade, está o Cine Teatro Independência que foi tombado patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul.

Também, acontece anualmente a “Travessia do Taim”, uma aventura que reúne jeepeiros de vários lugares do Estado RS e do Brasil. Os apreciadores de aventuras podem contemplar um verdadeiro mix da natureza, conjugada com trilhas típicas que agradam os jeepeiros.

Na base econômica está à rizicultura (cultivo de arroz), pecuária bovina de corte e ovina de lã. A lavoura mecanizada do arroz, cultivada em médias e grandes propriedades é a atividade principal.

O Município não tem indústrias de grande porte instaladas. A agroindústria existente destina-se ao beneficiamento do arroz e faz apenas a secagem e o armazenamento. As demais fases do processo são feitas em outras localidades. Este cultivo é de grande importância ao agronegócio local. Mas, há outras culturas agrícolas por lá, se destacando: laranja, pêssego, uva, alho, batata doce, batata inglesa, cebola, ervilha, feijão, melancia, melão, milho, soja, sorgo e tomate.

A localização do Município, entre lagoas e o Oceano Atlântico, privilegia a pesca, sendo esta atividade importante como fonte de renda, ainda que seja feita de forma artesanal e sem escala industrial.

Outra boa notícia é o Parque Eólico Geribatu (inaugurado em 2015), que integra o “Complexo Eólico de Campos Neutrais” o maior da América Latina, segundo o Ministério do Planejamento. Geribatu, foi construído pela Eletrosul e tem capacidade para atender 1,6 milhão de pessoas. O empreendimento tem sistema de transmissão que alcança 470 km, o investimento foi de R$ 2,1 bilhões.

O parque eólico gera empregos diretos e indiretos, estimula o comércio, o setor imobiliário e melhora a arrecadação do ICMS. Entre os benefícios da geração de energia eólica, está o fato de ser renovável, não poluente, ter baixíssimo impacto ambiental e possuir um dos melhores custos-benefícios na tarifa de energia.

Além de auxiliar na demanda do sistema nacional para energia elétrica com desenvolvimento sustentável e geração empregos em toda a cadeia produtiva, o complexo eólico beneficia a comunidade local e das cercanias, estimulando o crescimento econômico, além de incentivar a permanência do homem no campo com trabalho efetivo.

A pequena cidade pacata e tranquila preserva a arquitetura dos antepassados, tem ótima gastronomia e hotelaria. Santa Vitória tem a agradável influência da cultura castelhana por ser fronteiriça com o Uruguai. É tradição da comunidade, receber os visitantes com sorriso amistoso, algo que não acontece nos grandes centros urbanos já faz muito tempo.

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