Retração econômica do Brasil em 2015 é um alerta ao planejamento do Governo para 2016

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O ano de 2015 encerra com indicadores negativos. Chama a atenção que muitos resultados negativos, não ocorriam há anos. Segundo o boletim Focus do Banco Central, estima-se que o Produto Interno Bruto – PIB [dado da demanda] encerre o ano negativo em 3,62%. Se for assim, este será o pior resultado da macroeconomia desde 1990, ano que a retração foi de 4,35% em meio a enorme espiral inflacionária daquela época. A inflação oficial para 2015, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA pode fechar o ano em 10,61%. No entanto, a meta de inflação anual estipulada pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5% com tolerância de 2% para mais e para menos do centro da meta. Sendo assim, se a inflação se confirmar em 10,61%, o índice será maior que o limite superior de tolerância da meta. Ao examinar os setores do lado da oferta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE informa que a produção industrial em 2015 reduziu 7,8% na leitura até outubro. Na indústria de transformação que é considerada o efeito multiplicador da economia por gerar empregos com a produção de bens de consumo, a queda no ano é de 9,6%. Nas indústrias que produzem bens de capital, a redução foi de 24,5%. Esse índice é o maior desde 2002, segundo o IBGE. A redução pode ser explicada – em parte – pela queda do nível de investimentos no setor privado. Os setores mais afetados foram os de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,2%), veículos automotores e carrocerias (-24,6%), produtos têxteis (-13,7%), máquinas e equipamentos (13,6%), produtos farmacêuticos (-13,3%), móveis (-13,2%), máquinas e materiais elétricos (-11,0%) e artigos do vestuário e acessórios (-10,1%). No comércio, a área com a maior queda foi o de veículos e motos com recuo de 16,9% no ano, até outubro. As vendas de veículos se equivalem ao ano de 2007, segundo a associação das concessionárias. Outras áreas do comércio que registraram grande queda foram: móveis (-15,5%) e eletrodomésticos (-12,3%). O setor de prestação de serviços é o que tem a maior participação no PIB (2/3) e concentra mais empregos formais. Segundo o IBGE, houve recuou de três anos. A queda das vendas no setor de comércio foi de 5,8%. Os números são preocupantes, por isso o Governo precisa agir rápido com medidas concretas para reconquistar a confiança dos mercados e dos brasileiros.

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