Haja paciência, senhor prefeito e senhor governador

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Na segunda-feira, dia 1º de fevereiro, três dias depois do verdadeiro furacão que se abateu sobre Porto Alegre, dois pronunciamentos de autoridades gaúchas chamaram a atenção:

Prefeito em exercício, Sebastião Mello: “Vamos levar duas semanas para arrumar tudo. Mandei comprar 30 motosserras, hoje, para ajudar”.

Governador Ivo Sartori: “Paciência, muita paciência”.

O governo estadual e a prefeitura de Porto Alegre, pareceram não se dar conta da gravidade do que acontece na Capital e sequer fazem mea culpa pela inépcia que demonstraram no caso dos desastres provocados pelo verdadeiro furacão que se abateu sobre a capital. A reação para o colapso de ítens vitais da infraestrutura local foi inepta. Urge a revisão do que existe nas áreas de energia, água, limpeza urbana, saúde e segurança, mas também a oitiva decisiva das empresas que fornecem serviços de internet, telefonia fixa e telefonia celular. É que todos entraram em colapso ou estiveram perto disto.

Ninguém sabe em que escaninhos esconderam os planos de prevenção e de contingência do governo estadual e da prefeitura, para dar respostas imediatas a desastres climáticos como os de sexta-feira em Porto Alegre.

Ambos respondem com extraordinária lentidão e incompetência ao que aconteceu.

O prefeito José Fortunati até deu-se ao luxo de permanecer em viagem aos EUA. Ele ficou postando mensagens desde a Big Apple.

Os prejuízos do verdadeiro furacão são econômicos, financeiros e sociais, atingindo diretamente a população e as empresas, mas também passam a percepção de que este não é mais um bom lugar para viver e empreender.

Os portoalegrenses que não conseguiram fugir para as praias ou para a serra, acabaram com os estoques de lanternas, velas e água mineral dos supermercados.

Refugiados dentro de casa por causa da bandidagem desbragada, não conseguem, agora, sequer manter-se dentro delas e sair às ruas.

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O jornalista Políbio Braga é casado e tem três filhos. Ele tem mais de 50 anos de jornalismo, já que começou em 1962 no Diário Catarinense, em Florianópolis. Depois trabalhou também nos jornais Correio da Manhã e Última Hora, do Rio, revistas Veja e Exame e jornal Gazeta Mercantil de São Paulo, além dos jornais Zero Hora, Correio do Povo e Jornal do Comércio, de Porto Alegre.

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