A (boa) saúde da RBS

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Muita gente acha que a RBS vendeu suas operações de Santa Catarina por R$ 1 bilhão, tudo porque sua situação financeira é insustentável ou por  que precisa de dinheiro para pagar dívida tributária com a União, além da multa milionária, tudo em função da Operação Zelotes.

Não é assim.

Os números do balanço da holding, ano passado, mostram, pelo contrário, uma organização financeiramente saudável e lucrativa.

Eu li o balanço.

Houve alguma coisa ainda não explicada neste caso da venda das operações de Santa Catarina.

A RBS avisou que se desfez daqueles ativos porque quer concentrar suas atividades no RS e em operações mais ligadas à inovação.

É possível.

A  RBS Participações, a holding (controladora) das empresas do grupo, registrou receita de R$ 434,1 milhões no ano passado, conforme balanço que publicou hoje no jornal Zero Hora.

Uma queda de R$ 50 milhões em relação ao ano anterior.

O lucro bruto do exercício foi de R$ 241,8 milhões, contra R$ 267,4 milhões de 2014. Deduzidos despesas operacionais, impostos e outros encargos, ainda assim o lucro líquido alcançou R$ 87,8 milhões (R$ 113,9 milhões em 2014).

O balanço permite verificar que a holding reduziu drasticamente seus investimentos no ano passado, que caíram de R$ 19 milhões para R$ 9 milhões, com ênfase para o caso de SC, cujas operações foram vendidas este ano, o que permite supor que os controladores já tinham tomado há bastante tempo a decisão de vender.

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O jornalista Políbio Braga é casado e tem três filhos. Ele tem mais de 50 anos de jornalismo, já que começou em 1962 no Diário Catarinense, em Florianópolis. Depois trabalhou também nos jornais Correio da Manhã e Última Hora, do Rio, revistas Veja e Exame e jornal Gazeta Mercantil de São Paulo, além dos jornais Zero Hora, Correio do Povo e Jornal do Comércio, de Porto Alegre.

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