Um Goleiro e Mais Dez

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Já vi grandes goleiros guarnecendo a defesa do Internacional em sua última instancia. E todos eles com importante contribuição para que o clube conquistasse títulos. Provavelmente o Internacional não teria sido bi-campeão brasileiro nos anos 1975 e 1976 se não tivesse Manga, profissional lendário, pelas suas grandes defesas e também pelo comportamento singular nos jogos, treinos e na sua vida particular. Sem a estatura técnica de Manga, algumas atuações do paraguaio Benitez também ficam para sempre na minha memória. Contratado ao Olímpia para substituir Manga, o paraguaio brindou meu olhos, especialmente, com extraordinária atuação no Torneio Juan Gamper disputado no mês de agosto de 1982, em Barcelona. Depois de um empate em O a O com o Barcelona, apoiado por 100 mil torcedores, a decisão do jogo foi para os pênaltis. E, incrivelmente, Benitez brilhou em duas defesas, garantindo a final contra o Manchester City, da  Inglaterra. O Internacional venceu a partida por 3 a 1, trazendo para o Beira-Rio um dos troféus mais valiosos da história colorada. Um troféu que não estaria em Porto Alegre se não fosse a grande atuação de Benitez no confronto com o Barcelona.

Lembrei-me de Manga e Benitez em jogos recentes do Internacional no Brasileiro, vendo as defesas de Danilo Fernandes, que substituiu Alisson, vendido para o Roma. Tudo indica que se consagrará defendendo a meta do Internacional. Seria o resultado de uma iniciativa elogiável dos dirigentes, que souberam substituir um grande goleiro por outro. Na partida contra o Santos, na Vila Belmiro, vencida pelo Internacional com um gol de cabeça de Aylon, após Alex ter cobrado um escanteio, Danilo Fernandes fez ao menos duas defesas extraordinárias, que impediram uma reação do dono da casa. Embora só tenhamos visto as primeiras rodadas do Brasileiro é possível arriscar o palpite de que o Internacional será o grande representante do futebol gaúcho na competição. Até porque vai acrescentar mais qualidade ao time com a chegada de jogadores contratados para resolver problemas pontuais. No caso específico do goleiro, nota dez para os dirigentes que fizeram uma contratação certa na hora certa. Espero que outros contratados se encaixem no time sem demora e que o Internacional continue vencendo em casa e fora de casa. O momento é bom e nem mesmo o critico mais ferrenho do Argel Fuchs terá coragem de soprar uma corneta para perturbar seus ouvidos. De grão em grão o galo vermelho do Rio Grande vai enchendo o papo.

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