A Borghi Lowe também conquistou contas publicitárias do Ministério da Saúde, BNDEs, Caixa e Embratur. Para suas ações, sempre contou com a ajuda do então influente deputado petista André Vargas, cuja campanha para a vice da Câmara a agência bancou. A ponta DCE lança da agência foi Ricardo Hoffmann, até há pouco diretor da Borghi Lowe no Brasil, responsável pelo escritório de Brasília. Ele foi preso na Lava Jato, assinou acordo de delação premiada, delatou e foi solto. Ao falar aos procuradores do MPF em Curitiba, Ricardo Hoffmann contou como é que são construídas algumas das licitações mais polpudas de contas publicitárias dos governos. No caso dele, o exemplo é da Caixa Econômica Federal: - Eu tive acesso às propostas dos concorrentes, corrompi um funcionário graduado da área de comunicação do governo (José Ricardo de Antoni, diretor de normas da Secom, demitido por Temer depois de denunciado) e ele se reuniu com a comissão julgadora par "dar dicas do julgamento". Antoni recebeu R$25 mil de "honorários". Há muito tempo existem desconfianças tremendas a respeito da distribuição das contas dos governos, mas esta foi a primeira vez que uma agência contou como é que as coisas funcionam por trás dos panos, prejudicando a todos, inclusive as demais agências - menos os que levam o butim. E o troco ? No caso da Borghi Lowe, foi propina para as campanhas eleitorais do PT, 2014. Quase sempre é isto Ricardo e o vice-presidente da Borghi Lowe foram chamados por Clauir Santos, diretor da Caixa, que exigiu dinheiro para a campanha eleitoral do PT. Clauir disse que cumpria ordens do Planalto. Em 2014, a Borghi Lowe era uma das quatro agências da Caixa, um butim de R$ 560 milhões por ano. O MPF acha que havia intimidade criminosa entre a agência e braços do governo. Os documentos sobre as licitações fraudadas e o dinheiro sujo entregue para o PT estão todos com o MPF.
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