Torcida Jogou Junto

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Os números falam por si mesmos e seria pura idiotice querer contestá-los. O time do Internacional está em divida com a sua fiel torcida em onze jogos seguidos, provocando crescente tensão na alma dos colorados. A reação deseja pelos torcedores não acontece, como se viu na partida de domingo (oito de agosto), diante do Fluminense, no Beira-Rio. Com apoio total dos torcedores, os jogadores não souberam corresponder dentro do campo: só conseguiram um suado empate em 2 a 2.

Mais uma vez o time mostrou suas deficiências costumeiras: falhas na defesa, atuação insegura no meio-campo e raros ataques, como a aconteceu no primeiro tempo. Depois de ter levado o primeiro gol do Fluminense logo no início da partida, o ataque colorado só tentou uma reação aos 32 minutos, quando Valdívia chutou a gol, ensejando uma defesa fácil de Cavalieri. Ainda bem que Seijas conseguiu marcar o gol de empate aos 47 minutos, renovando a esperança dos torcedores de que veriam uma vitória colorada após o intervalo do jogo. Mas nada disso aconteceu. No segundo tempo, Gustavo Scarpa marcou o seu segundo gol na partida e só com muito empenho o Internacional conseguiu igualar o placar aos 32 minutos com um chute certeiro de Fernando Bob.

Dos males o menor, mas o time do Internacional reeditou erros conhecidos, com ênfase na ineficiência do setor de meio-campo, onde sobraram passes errados e marcação frouxa nos adversários, principalmente quando contra atacavam. Mas ao contrário do que ocorreu há poucos dias no Beira-Rio, com a atuação de vândalos destruindo o que viam pela frente, irritados com os fracassos do time, a torcida teve comportamento exemplar na partida contra o Fluminense. Apoiou os jogadores antes, durante e depois do jogo, reconhecendo que houve de parte da maioria esforço e entrega indispensáveis de quem veste a camisa vermelha. O protagonismo da torcida foi destacado pelo técnico Paulo Roberto Falcão em sua entrevista coletiva após o jogo.

O protagonismo da torcida foi destacado pelo técnico Paulo Roberto Falcão em sua entrevista coletiva após a partida. Falcão, que acabou expulso de campo ainda no primeiro tempo por ter reclamado em tom deselegante do árbitro, parecia tranquilo na entrevista apesar das perguntas insinuando que ele poderia ser demitido. Apesar de não ter modificado substancialmente o comportamento do time nas cinco partidas sob seu comando, Falcão estava dando o melhor de si para modificar a situação. Ele não sabia, porém, que suas horas no cargo estavam contadas e que o time já terá outro profissional em seu lugar na próxima partida contra a Chapecoense, longe do Beira-Rio.

A surpreendente demissão de Falcão noticiada ao final da manhã de segunda-feira é uma dessas coisas difíceis de entender no futebol. Será que a pura e simples troca de técnico vai arrumar o time do Internacional? Acredito que se arrependimento matasse a esta hora Falcão já não estaria entre os vivos por ter aceitado o convite para trabalhar novamente no Beira-Rio. Lição preciosa que deve ser levada em conta por  outro ídolo colorado que no futuro seja convidado para trabalhar como técnico do time do Internacional.

Espero que o novo técnico não seja degolado tão depressa e com tanta frieza como foi o consagrado profissional do futebol Paulo Roberto Falcão.

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