Há uma história que só é escrita nas redes sociais, segundo as quais o presidente do julgamento no Senado, Ricardo Lewandowsky, faria uma pergunta que Dilma Roussef poderia usar mais adiante, no próprio STF, para anular todo o processo de impeachment. Isto não é verdade. A confusão sobre a pergunta que será feita aos senadores por ocasião da votação do impeachment, semana que vem. Ocorreraram divergências sobre o que seria perguntado. Acontece que no momento de decidir sobre o destino da presidente afastada Dilma Rousseff, os senadores terão de responder com “sim” ou “não” a uma pergunta no julgamento final da petista. A frase, entretanto, não agradou à acusação e, após questionamento, foi alterada. A pergunta que Lewandowsky terá que fazer aos senadores, será a seguinte: - Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?”, é a nova pergunta a que os senadores terão que responder. Na primeira opção, que constava no roteiro do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, instância máxima do processo do impeachment, foram listadas as condutas atribuídas à presidente que estão previstas na lei de impeachment. Entretanto, os advogados da acusação alegavam que faltavam na pergunta dois artigos incluídos no parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi aprovado na sessão que deu prosseguimento ao processo. A pergunta anteriormente formulada, permitira recurso ao plenário do STF. Toda a desconfiança tem razão de ser, porque existem fortes suspeitas de que Ricardo Lewandowsky poderia beneficiar Dilma Roussef. Como os leitores lembram-se, durante o julgamento do Mensalão, o próprio presidente do STF, na época o ministro Joaquim Barbosa, colocou sob suspeição as posições do atual presidente, tudo porque são notórias as ligações dele com a família Lula da Silva, que, aliás, foi quem o nomeou para a Corte Suprema. Cautelas à parte, nem a Lewandowsky interessa mais manter o caso sob suspense. O atual presidente do STF já fez por Lula e pelo PT mais do que poderia ter feito, expondo-se de maneira devastadora.
Leave a Reply
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.