Em memória do herói gaúcho Plácido de Castro | Por Polibio Braga

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Nesta segunda-feira, dia 3, um dia depois das eleições, eu falei para os jornalistas da Rádio Serrano, Cruz Alta, cidade que neste domingo elegeu prefeito do PT. A conversa foi analisar a fragorosa derrota do Partido em todo o Brasil.

 

Entre as capitais, o PT só venceu em Rio Branco, capital do Acre.

 

Aproveitei para falar um pouco do Acred, que fica lá do outro lado do Brasil, quase fora do Brasil

 

O Acre era território da Bolívia e foi anexado ao Brasil pela força armada do gaúcho Plácido de Castro, que está sepultado em Porto Alegre.

 

Eu confesso que não sabia por que razão os os restos mortais do guerreiro gaúcho, herói brasileiro, não estão depositados no Acre, em algum tipo de panteão. O pessoal do Diário Serrano tratou de esclarecer o que aconteceu:

 

Em 9 de agosto de 1908, Plácido de Castro se dirigia à sua propriedade, ao lado de seu irmão Genesco de Castro, quando foi ferido numa emboscada que lhe prepararam mais de uma dezena de jagunços, próximo à propriedade e sob a liderança de Alexandrino José da Silva, o subdelegado das tropas acreanas na Revolução Acreana. Rumores da época diziam que coronel Alexandrino estava insatisfeito com a sua posição no poder do Acre, um posto bem menor que o de Plácido, e por isso armou a emboscada. No dia 11, ardendo em febre, implorou ao irmão, Genesco, de olhos fechados, na presença de vários companheiros: “Logo que puderes, retira daqui os meus ossos. Direi como aquele general africano: ‘Esta terra que tão mal pagou a liberdade que lhe dei, é indigna de possuí-los.’ Ah, meus amigos, estão manchadas de lodo e de sangue as páginas da história do Acre.. .tanta ocasião gloriosa para eu morrer…”.

 

O herói rio-grandense foi covardemente trucidado, aos 35 anos de idade, ficando esse crime para sempre impune. Próximo à propriedade do seu assassino, erguido pelos fiéis amigos de Plácido de Castro, há um pedaço de mármore assinalando o local da emboscada. Seus ossos, porém, foram sepultados logo à entrada do Cemitério da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre. Na fronte do pedestal, a família fez questão de deixar gravados, um a um, nome e sobrenome dos seus catorze carrascos.

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