PARECIA GRENAL MAS, CUIDADO. ADEUS RUBENS FRANCO | Por Carlos Josias

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O Grêmio atropelou o VEC sem perdão. Um golaço relâmpago do impecável Bolanos abriu o caminho da roça e a chuva de gols se previa desde ali.

A enorme vantagem conquistada fora lhe dava tranquilidade desde o início, só um milagre reverteria a situação, e, com uma bola nas redes antes do primeiro minuto viabilizou a impossibilidade do impossível. Os gols, todos, foram de película. Barrios driblou da mesma forma que fez no seu primeiro gol com a camisa tricolor. Pedro Rocha fez um charme para o charmosão, golaço, Luan perfeito e Edilson bateu um pênalti que lembrou as cobranças do Capitão América. De lambuja Renato foi corretíssimo quando determinou que o pênalti fosse cobrado por quem bate.

Tudo maravilhoso mas, muita cautela nesta hora. Parecia Grenal, é só uma flautinha, saudável. O Veranópolis, com todo o respeito, além de ter vindo com a adversidade quase invencível do placar se revelou um time frágil, ao menos para as circunstâncias. Não serve de paradigma para nada. Grenal, que se avizinha, ao que tudo indica, é Grenal, e fim. Se avizinha, mas não é garantido. Ainda tem jogo até lá. E todo o cuidado é pouco. Até porque o esporte que se fala chama-se Futebol.

O dia começou triste com a notícia da morte do Cachorrão, apelido do querido Rubens Franco, um amigo querido que conhecia há mais de 45 anos. Conheci ele jogando bola na várzea, ou em campinhos da cidade. Eu morava na Praia de Belas, era menino, adolescente, e onde hoje há um estacionamento que fica lateral ao foro e ao IPE, havia um campinho de peladas – muitos por ali que deram lugar a prédios. Cachorrão batia uma bola tão redonda quanto ele, era baixinho, gordinho, diria socado, e não tinha nenhum físico para o jogo mas metia gol de tudo quanto era jeito. Uma figura. Mais adiante me tornei diretor do Grêmio e encontrei ele com fama de descobridor de talentos. Entre tantos foi dele a proeza de achar o Lucas Leivas. Meu parceiro de academia na AABB, aqui na Zona Sul, era um papo e tanto. Não havia programa de rádio que eu participasse que não viesse uma ligação ou um torpedo dele com observações. A gente vai morrendo devagar, a cada amigo que parte é um pouco de nós que vai embora. É da vida, sei. Mas estas perdas são muito doídas. Fica bem meu Cachorrão, fraterno amigo. Dá um abraço no Airton, no Everaldo e em quem mais te receber em qualquer lugar.

Saudações Tricolores.

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