Amazônia legal preservada ou violada? | Por Dilmar Isidoro

Amazônia legal preservada ou violada? | Por Dilmar Isidoro

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A preservação da Amazônia legal é uma preocupação dos brasileiros e de todos os cidadãos do mundo que têm consciência da importância de salvaguardar a vida silvestre e o ecossistema.

Entende-se por Amazônia legal, o conceito criado pelo Governo brasileiro para planejar e manter a preservação nativa e silvestre da região. Para se ter uma ideia da importância deste assunto, a imensidão de terras se estende por 08 Países além do Brasil (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela).

No Brasil, quase metade do território é composto pela floresta amazônica. Nesta vastidão está a Bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do mundo que guarda cerca de 20 % do volume total de água doce do Planeta. Na extensa e rica biodiversidade, existem diversas espécies de animais terrestres, de pássaros, de peixes, de plantas e de insetos. Diante da grandiosidade do cenário, se torna válida a preocupação do Greenpeace que afirma: “Amazônia: patrimônio brasileiro e futuro da humanidade”. O Greenpeace está presente em 43 Países e em todos os continentes. É uma organização global e independente que tem o objetivo de defender o meio ambiente, promover a paz e estimular as pessoas a mudarem de atitudes e de comportamentos.

Inserida em área de 6,9 milhões de km2, esta rica biodiversidade tem enorme importância para a humanidade. É lá que habitam metade das espécies terrestres do Planeta, segundo o Greenpeace. A preservação daquela região silvestre é essencial para manter o equilíbrio climático global e da incidência de chuvas na América Latina. A imensa cobertura vegetal contém bilhões de toneladas de carbono, por isso existe a preocupação de conter a derrubada indiscriminada de árvores.

Chama a atenção o fato de, apesar de haver legislação específica para preservar este macro ambiente, existem centenas de mercenários que subestimam e afrontam as Leis fazendo contínuos avanços ilegais na selva, sem se importarem com as consequências ao meio ambiente local e global. A ignorância destas pessoas é execrável.

De acordo com estimativas de diversas Entidades que acompanham o avanço da devastação, nos últimos 40 anos foram desmatados mais de 18% da Amazônia brasileira, isso equivale aos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo, juntos. É lamentável ver que a região enfrentar esse acelerado desmatamento para extração de madeira, seguido pela agropecuária que ocupa os espaços que outrora eram da floresta.

Existem ainda, projetos de grandes hidrelétricas e o garimpo ilegal. Isso ocorre, inclusive, em áreas protegidas como em terras indígenas e de unidades de conservação. A exploração predatória e ilegal de madeira é um enorme problema na região, tendo como principal consequência à degradação florestal que é a primeira ação para o desmatamento. Além disso, esta exploração danosa causa perigosos conflitos sociais, onde ocorrem ameaças e assassinatos de lideres que lutam para proteger a floresta.

É na Amazônia que vive a maioria dos indígenas do Brasil. Conforme o IBGE, só em Rondônia há mais de 03 mil índios. O povo indígena tem sua cultura conectada ao meio ambiente e busca manter o habitat como está há milênios. A realidade brasileira de exclusão social, somada a fatores de interesses econômicos e até mesmo espúrias, indica um viés temerário e é surreal esperar a reversão do quadro lastimável de destruição da floresta amazônica, sem haver atitudes para deter a devastação.

Todavia, com ações proativas, é possível atenuar o impacto danoso de alguns gravames, solucionar situações críticas de conflitos, deter grilagens (posseiros e falsários) para retomar o patrimônio público de grandes extensões de terra e minimizar a caótica ocupação dos espaços nativos. Para isso ser possível, o Governo Federal deve fazer sua parte. Basta de incompetências e conluios de interesses político-partidários. É preciso ser visionário.

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