L.A VIRANDO OBRIGAÇÃO | Por Carlos Josias

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Talvez haja um certo exagero, no título, afirmar que uma competição do nível da Libertadores vire obrigação de ser ganha por qualquer clube.

Talvez. Mas certamente, não entro no mérito se correto ou não, é assim que a mídia e a torcida estão enxergando, vão exigir e cobrar, a partir de agora, quando o time tricolor esbarrou na CB, que priorizou diante do Brasileiro, e se distanciou de tal forma do Corinthians que alcançá-lo virou missão de filme de agente da CIA em enlatado americano – mas ainda não impossível. É a tal da pressão. Renato não foi adivinhão quando previu que o Corinthians iria perder pontos – retificou o despencar – era uma situação previsível quando se observa um time que é bem treinado e bem ajustado mas sem um grupo forte que suportasse a manutenção do estupendo rendimento que vinha apresentando.

E não deu outra. O Corinthians vem tropeçando sistematicamente. O que Renato não previu – mas deve ter pensado, na medida em que o Brasileiro deixou de ser prioridade por escalações mistas – é que o Grêmio corria o sério risco de se aproveitar destas perdas que os Paulistas, se antevia, teriam. Nas últimas rodadas, exceto pelo belo futebol contra o Sport, o Grêmio deixou de vencer jogos vencíveis e que se ultrapassados nos deixariam hoje próximos um ou dois pontos da liderança. Registrei aqui, anteriormente, que deveríamos aproveitar para se encantar com o luxuoso futebol que estávamos apresentando porque ninguém consegue manter um nível tão alto sempre. Se com a força máxima já seria muito difícil permanecer jogando com tanta qualidade e eficiência, por certo sem ela também iriamos ter rendimentos inferiores e, com eles, tropeços. Quem dirige tem de tomar decisões. É do jogo. Respeito elas e nunca deixei de dizer que o risco de errar só comete quem tem o dever de definir, e também de enfatizar que só quem está ali, no olho do furacão, é que pode avaliar qual o melhor caminho. O futebol é ingrato, se dá certo, palmas, se não dá, criticas. Depois do acontecido fica confortável tecer considerações e teses revisionistas. O torcedor é passional, para ele importa ganhar e ganhar. Não há satisfação plena.

Cansei de dizer que das três competições não me parecia crível vencer todas, embora não inviável, e que se poderia ganhar uma ou duas ou nenhuma. Sim, disse o óbvio. O óbvio se impõe ser dito, ele dorme no anonimato, se não se tira ele deste nada é lógico. Não acho que o Brasileiro esteja perdido, mas não tenho dúvidas de que as exigências com a LA cresceram, e não há dúvidas de que para todos gremistas ela seja a mais importante competição que enfrentamos. Que haja maturidade porque as adversidades recém estão começando. O fato, contudo, é que estamos disputando as duas com chances. Se vamos ou não ganhar, bem ai nem Mãe Dinah, que por sinal já passou desta para melhor. Rotina de time grande. E há quantos anos não tínhamos esta rotina? Do Penta para trás, muitos. Vamos confiar. Saudações Tricolores!

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