Pede a banda prá tocar um dobrado, ouça o rufar dos tambores, é o Grêmio de novo – sorry Ivan Lins.
Descobri porque Renato gosta tanto do Rio. Ganhamos praticamente todas deles.
O Grêmio está de volta. Pura coincidência, com meu retorno à coluna. Por sinal, o Marcos Vargas, a quem confiei para ficar no meu lugar neste período de férias, no riscado foi tão bem que até me sinto constrangido de retomar. Não perdi uma só coluna do amigo Marcos a quem entreguei este seguimento e gostei tanto, mas tanto, que o convidei a se revezar comigo na tarefa. Foi uma sacada que me permite continuar a desfrutar da leitura do jogo e do Grêmio que ele faz magnificamente bem.
Pois neste dia de alegria, de retomada e revezamento, sou brindado com um jogo eficiente e demolidor do time. Três a um em rápida virada, com Éverton, o nosso, desiquilibrando na entrada e Luan deixando o seu numa manobra rápida do garoto Beto da Silva – que carece de sequência, mas mostrou na jogada ter raça e talento.
O Flamengo achou um gol e o Grêmio acordou. É o antigo ditado popular, não cutuquem a onça com vara curta.
A estrela de Renato brilhou, normal. Fernandinho vinha mal – na verdade eu não compreendi ainda porque na esquerda se os melhores momentos dele foram pela direita, mas o treinador tem insistido com ele por ali e acho que naquele espaço não irá repetir as boas partidas que fez. Fernandinho é um jogador de muitas carências mas útil. Quando um atleta assim acha uma faixa de campo onde atua melhor deixar ele por ali é o melhor remédio, mas enfim.
Arthur, um gigante conhecido, não estava bem, o que é raro. Ainda que sem comprometer sua principal arma, o passe, não estava funcionando, e isto agregado ao fraco desempenho de Fernandinho desencaixou o time que sofreu um gol relâmpago ao acender a luz da etapa final.
De Arthur, contudo, sempre se espera mais, e ele sempre dá o melhor, e nenhuma dúvida havia que ainda no jogo se recuperaria.
A mexida não era ali.
Pois Éverton e Beto da Silva saíram do banco para meter fogo na banda e no rufar dos tambores.
Foi rápido e o 0 x 1 se transformou em 3 x 1 com o time fazendo da bela tarde ensolarada de domingo um passeio na Arena.
Só para lembrar. Os meninos estão com 20 e 21 anos respectivamente. Luan ainda não está nos seus quinhentos contos, como diria a minha mãe, Geromel e Kannemann foram os de sempre, esta base e a mexida meteram o time nos eixos. O time quando encaixa não tem prá ninguém.
O Grêmio andou adormecido mirando a copa LA, e dá as tintas de que acorda na hora que irá definir.
Amém.
Saudações Tricolores
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