Tempos modernos com poucos estímulos à preservação ambiental e as reciclagens | Por Dilmar Isidoro

Tempos modernos com poucos estímulos à preservação ambiental e as reciclagens | Por Dilmar Isidoro

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Se compararmos os hábitos da vida moderna com o que havia há 50 anos, veremos o quão à vida mudou para melhor em muitos pontos e pior muito em outros. Tais mudanças são fatos irrefutáveis e não pontos de vista.

 

Pode-se dizer, por exemplo, que o rápido avanço da tecnologia em todas as frentes, trouxe mais conforto; estendeu a todas as classes sociais a facilidade da comunicação em suas várias facetas, desde os telefones celulares com muitas ferramentas, outrora inimagináveis, até as redes sociais. O mundo hoje é on line e sem fronteiras. Os jornais físicos perdem espaços para jornais virtuais, assim como anúncios de ofertas e publicidades são, na maioria, virtuais.

 

A ciência médica teve avanços espetaculares em muitas patologias. O sistema de saúde dispõe atualmente de equipamentos com tecnologia não presumível há anos atrás. Também, hoje existe muita praticidade a disposição dos consumidores, desde as embalagens até produtos eletrônicos muito sofisticados e quase descartáveis, devido às dificuldades de se encontrar reposições de peças.

 

Nas escolas e no ensino superior, os alunos estão substituindo os nostálgicos cadernos, lápis, borrachas e canetas por anotações nos notebooks. As bibliotecas físicas estão perdendo espaços para bibliotecas virtuais, disponíveis em qualquer parte do mundo. Afinal os idiomas não são mais problemas, basta acionar a busca por tradução na internet.

 

Mas, nem tudo são coisas boas. Há situações que são lembradas com nostalgia por quem já ultrapassou a barreira dos 50 anos de vida.

 

Nas décadas de outrora, as pessoas se sentiam mais seguras nas ruas; eram raras as drogas ilícitas que dilaceram famílias; os professores eram mais valorizados e respeitados; a vida era mais simples; a unidade social era maior; a corrupção nas entranhas do poder era menos intensa; as cidades eram menos populosas e menos poluídas em todos os sentidos; as pessoas eram mais corteses; a natureza era mais preservada. Com base neste último quesito – natureza – quero direcionar o restante desta resenha, porque esse assunto é uma das maiores preocupações de âmbito global.

 

O consumismo deixa rastros indesejáveis: resíduos sólidos, orgânicos e poluição. Aliado a isto, se observa a baixíssima consciência da sociedade moderna – salvo exceções – quanto à correta coleta de lixo. O tão falado efeito estufa; o aumento da temperatura global; o degelo nos polos; a poluição nos oceanos, rios e lagoas e o descarte irregular do lixo chamam a atenção para haver revisão de conceitos, mudanças de hábitos e adoções de medidas práticas e corretivas.

 

É preciso dar um basta em discursos utópicos; é vergonhoso e degradante ver lixo acumulado nas praias, em locais depois de shows, nos entornos de estádios de futebol após jogos, nas ruas, nas calçadas e em locais não permitidos.

 

A economia brasileira perde aproximadamente R$ 120 bilhões por ano em produtos que poderiam ser reciclados, mas vão para o lixo ou ficam a deriva em qualquer lugar. Segundo Paulo Da Pieve, especialista em economia circular e sustentabilidade, coordenador do grupo de resíduos sólidos da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), o País produz cerca de 80 milhões de toneladas de rejeitos por ano, sendo que deste total, são reciclados apenas 3%.

 

Na Europa, muitos Países proibiram a construção de novos aterros sanitários porque reciclam até 90% dos resíduos, diz o empresário Ronaldo Carvalho, da empresa de trituração de resíduos sólidos Tecscan.

 

O lixo pode deixar de ser problema para se transformar em solução, a partir dos rejeitos. Deve-se considerar ainda, as ofertas de trabalho para milhares de pessoas. Para que isso ocorra, os Governos precisam promover iniciativas e dar bons exemplos de forma permanente.

 

O mundo precisa de mais civilidade, mais cooperação e mais conscientização ambiental de todos. Isso começa nas escolas regulares e com exemplos dentro das famílias. As próximas gerações vão receber legados. Se bons ou ruins, isso vai depender das ações do presente.

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