Orquestra Theatro São Pedro convida para Festival Mendelssohn, que acontecerá no próximo domingo, 29

Orquestra Theatro São Pedro convida para Festival Mendelssohn, que acontecerá no próximo domingo, 29

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Com regência do maestro Evandro Matté, a Orquestra Theatro São Pedro realizará no próximo domingo (29), a partir das 18h, o concerto “Festival Mendelssohn”. O evento, com classificação livre, é uma homenagem ao compositor alemão Felix Mendelssohn e suas heranças musicais. No encontro, se apresentarão os solistas Ney Fialkow, no piano, e Pablo de León, no violino. Os ingressos serão gratuitos, mediante a doação de 2kg de alimento não perecível, com retirada de 25 a 28 (quarta a sábado), na recepção do Multipalco Eva Sopher (ao lado do Du’Attos Restaurante), das 13h30 às 18h. Não haverá troca de ingressos no dia da apresentação para evitar aglomerações.

 

Sobre o repertório

O Concerto Duplo para violino e piano, escrito por Mendelssohn aos 14 anos, é prova incontestável do desenvolvimento musical que ele atingira precocemente. A riqueza cultural e financeira de sua proeminente família judeu-luterana é algo relevante – sua residência era um dos centros musicais de Berlim, mas esse fato não basta para elucidar o progresso fenomenal que nele fora revelado.

 

Em poucos anos, seu mestre na composição, Carl Zelter, nada mais tinha para ensinar-lhe: “proclamo-o independente, em nome de Mozart, de Haydn e do velho pai Bach.” Schumann anunciara Mendelssohn como “o Mozart do século dezenove” e, com sensibilidade, notara sua maturidade artística surgir “como uma flor desabrochada”. Mendelssohn começara a compor aos nove anos e, aos doze, já afirmava seu estilo ao iniciar o conjunto de Doze Sinfonias para cordas. Aos treze, escrevera o primeiro Concerto para violino, dedicado ao professor Eduard Ritz, e, no ano seguinte, o magnífico Concerto Duplo, estreado por Ritz, ao violino, e Mendelssohn, ao piano, numa apresentação privada.

 

Ambos os concertos, escritos na austera tonalidade de ré menor, não possuem número de opus e não foram publicados até a segunda metade do século XX. Redescobertos recentemente, eles vêm, merecidamente, estabelecendo seu lugar nos programas das salas de concerto. Mendelssohn foi um bom violinista e, ainda que preferisse tocar viola a tocar violino, obteve grande sucesso com obras para este instrumento, principalmente com o seu último concerto, que figura entre os três mais populares do gênero. Porém, foi como executante de órgão e piano – seu instrumento favorito – que ele alcançou notoriedade. A ideia de unir instrumentos tão diversos – violino e piano – como solistas em um concerto com orquestra fora inovadora, visto que, provavelmente, eram desconhecidas as raras incursões no gênero realizadas por Haydn e Mozart.

 

O equilíbrio e a clareza conseguidos pelo compositor adolescente são insuperáveis. A obra possui passagens virtuosísticas para os dois instrumentos e é engenhosamente estruturada, permitindo a cada um brilhar à sua própria maneira. Além do emprego da técnica de escrita fugata, herança da devoção pela música de Bach, Mendelssohn utiliza também recursos incomuns, como um apaixonado recitativo de violino acompanhado de tremolos no piano, sem orquestra, na seção central do primeiro movimento. Por todo o concerto, os solistas dialogam por meio de imitação e contracanto, brincam com pequenos ornamentos e correm de mãos dadas pelas escalas e arpejos. A similitude entre Mendelssohn e Mozart – no talento prodigioso e na obra variada e extensa – foi acompanhada pelo destino da curta existência: Mozart faleceu aos 35 anos e Mendelssohn, aos 38. O virtuosismo de Paganini, a estrutura de Beethoven e o espírito de Bach convivem no universo de Mendelssohn, intimamente iluminado pela inocência, alegria e simplicidade, onde lucidez e adequação vestem melodias apaixonadas do início ao fim. É Felix – feliz, em latim, que, nascido há mais de duzentos anos, ainda revela em sons sua paixão pela vida.

 

Sobre a ORQUESTRA THEATRO SÃO PEDRO / POA:

A OTSP foi criada em 1985 e, desde então, tem sido mantida com apoio da iniciativa privada e por um conjunto de associados. Ousadia e busca da excelência são atributos da orquestra, sempre com o compromisso de honrar tudo o que representa o Theatro São Pedro. A programação diversificada apresenta obras do repertório da música de concerto, ópera, ballet, música popular e instrumental brasileira. Além da programação de concertos oficiais, a OTSP apresenta anualmente a série de Concertos Theatro São Pedro, série de Concertos Banrisul para Juventude, Concertos Comunitários Zaffari, sob direção artística do maestro Evandro Matté. A criatividade e a originalidade sempre estão presentes na programação que conta com solistas de renome nacional e internacional.

 

Sobre EVANDRO MATTÉ | Maestro:

Diretor Artístico e Maestro da OSPA (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre), da Orquestra Theatro São Pedro / POA e do Festival Internacional SESC de Música. Seu primeiro contato com a música foi através do trompete, aos 7 anos, atuando como intérprete deste instrumento por 25 anos. Depois de graduar-se em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), fez especializações na University of Georgia (EUA) e no Conservatoire de Bordeaux (FRA). Foi docente na UPF (Universidade de Passo Fundo) e na Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), onde coordenou o MBA em Gestão Cultural. Atuando como maestro desde 2005, tem dirigido diversas orquestras no Brasil, Argentina, Uruguai, República Tcheca, Croácia, Itália, China, Alemanha e EUA. Foi o fundador e coordenador do projeto social VIDA COM ARTE que realiza inclusão social através da música. Possui MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Por sua contribuição cultural ao desenvolvimento das artes francesas no Brasil, em 2019 foi condecorado pelo Ministère de la Culture da França pela insígnia de Chevalier d l´Ordre des Arts et des Lettres.

 

Sobre NEY FIALKOW | Piano:

Premiado em diversos concursos nacionais e no exterior, o pianista Ney Fialkow é hoje um dos destacados músicos do cenário nacional. Tem conciliado a movimentada carreira de solista e camerista com a atividade de professor titular do Departamento de Música do Instituto de Artes UFRGS, em Porto Alegre. Suas aparições como solista e camerista têm cativado plateias de diversas salas de concerto no Brasil e no exterior e suas masterclasses tem sido apreciadas por jovens pianistas de diversos países. Em 2016 fez sua estréia em Paris, na Sala Cortot em duo pianístico com Guigla Katsarava. Lançou os álbuns Metamorfora e Fantasy nos EUA em parceria com o baixista Marcos Machado pelo selo Blue Griffin, e a obra completa de Claudio Santoro para violoncelo e piano de Claudio Santoro ao lado do violoncelista Hugo Pilger. Ao lado do violinista Cármelo de los Santos gravou o premiado CD “Sonatas Brasileiras”. Realizou diversos concertos no Brasil e no exterior como membro integrante do Trio Porto Alegre, ao lado do violinista Cármelo de los Santos e do violoncelista Hugo Pilger. Ao lado da mezzo-soprano Angela Diel tem se apresentado nas principais salas de concerto do Brasil divulgando especialmente o repertório das canções alemãs. Apresenta-se regularmente como solista convidado da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, tendo atuado sob a regência de José Pedro Boéssio, Fredi Gerling, Ernani Aguiar, Lutero Rodrigues e Antonio Carlos Borges Cunha. Junto à OCTSP gravou o premiado álbum “Mahavidias” de Vagner Cunha.

 

Sobre PABLO DE LEÓN | Violino:

Natural de Cascais – Portugal, teve sua formação inicial no Brasil com a família Fukuda, Ayrton Pinto, e seu pai, Alejandro de León. Foi bolsista da Fundação Vitae para aperfeiçoamento em violino e música de câmara na classe do professor Chaim Taub, em Israel. Como solista tem se apresentado frente a importantes orquestras do Brasil e do exterior. Como camerista tem se apresentado junto a músicos como Jean-Louis Steuermann, Sônia Rubisnky, Nelson Ayres, Emmanuel Strosser, Roy Shiloach, Isabelle van Keullen, Hagai Shaham, Guy Braunstein, Reiner Küchl e Regis Pasquier, incluindo apresentações para a CNN e a BBC de Londres. Desde 2003, sob a regência do maestro Valery Gergiev, é o único violinista brasileiro a fazer parte da World Orchestra for Peace. Fundada por Sir Georg Solti e composta por spallas das principais orquestras do mundo, apresentando-se nas principais salas de Moscou, São Petersburgo, Beijing, Londres, Berlim, Amsterdã, Bruxelas, Budapeste, Jerusalém, Cracóvia, Estocolmo, Abu Dhabi, Nova Iorque e Chicago. Destaque para a turnê de 2012, onde atuou como spalla no Carnegie Hall em Nova Iorque e no Symphony Hall em Chicago. Como professor de violino, ministrou aulas em diversos festivais, como o Festival Eleazar de Carvalho em Fortaleza, o Festival Internacional de Campos do Jordão, o Festival Internacional de Verão de Brasília, entre outros. Pablo com sua sonoridade, musicalidade e técnica impressionou Sherry Kloss (ex-aluna do Heiftez) o qual o comparou com o refinado violinista Franco Gulli, sendo então convidado  para tocar um recital e  dar master classes (aulas) em 2014 no Yascha Heifetz Symposium of Individual Style (New London- Estados Unidos). Atuou como  spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira da Cidade do Rio de Janeiro de 2008 a 2014 e desde o ano 2000 ocupa o cargo de spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.

 

SERVIÇO:

Orquestra Theatro São Pedro, Porto Alegre

Concerto “Festival Mendelssohn”

Data: 29 de agosto de 2021

Local: Theatro São Pedro, 18h (Marechal Deodoro, s/nº – Centro Histórico/POA-RS)

Regência |Evandro Matté

Solista | Nei Fialkow (piano) | Pablo de León (violino)

Classificação Livre

Duração: 1h

 

LEI DE INCENTIVO À CULTURA

Projeto Série Especial Orquestra Theatro São Pedro e Vida com Arte

Financiamento: Lei de Incentivo à cultura Federal

Patrocínio: STIHL e GERDAU

Apoio: INBETTA, DUFRIO e BECK DE SOUZA ENGENHARIA e Confeitaria Barcelona

Planejamento e gestão: Cida Cultural

Realização: Associação Pró-Música de Porto Alegre e Fundação TSP

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