A história se repete: Don Melchor 2020 traz a nobreza do Terroir de Puente Alto

A história se repete: Don Melchor 2020 traz a nobreza do Terroir de Puente Alto

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Com potencial de guarda de 35 anos, a safra 2020 transmite toda a elegância e potência de sua denominação de origem. Vinho será apresentado dia 23 de junho em Gramado, no Castelo St. Andrews

Um novo e aguardado ciclo de Don Melchor se anuncia com a chegada da safra 2020, mais um feito do craque Enrique Tirado, CEO da vinícola Don Melchor, que há anos se dedica com afinco e paixão para criar um dos mais emblemáticos e bem pontuados vinhos de Puente Alto, berço dos melhores Cabernet Sauvignon do Chile. O enólogo vem a Gramado no dia 23 de junho para apresentar Don Melchor 2020, o primeiro vinho ícone da indústria chilena e uma verdadeira referência entre os vinhos de alta gama no mundo. Em um encontro no luxuoso Castelo St. Andrews, seletos convidados poderão conferir toda a elegância e potência características deste vinho que reflete seu terroir único e a cada ano surpreende apreciadores e especialistas.

O local, aliás, não poderia ser outro, já que o Castelo St.Andrews é  um dos mais luxuosos hotéis do País, que esbanja exclusividade, sofisticação e requinte reunidos em um empreendimento com arquitetura inspirada nos castelos europeus. Único exclusive house do Brasil e membro da seleta chancela de hoteis Relais & Chateaux, o Saint Andrews tem localização privilegiada, com vista para o deslumbrante Vale do Quilombo em Gramado. São apenas onze suítes, reservadas para adultos e jovens acima de 14 anos que queiram desfrutar serviços diferenciados e totalmente personalizados em ambientes elegantes, intimistas e impecavelmente decorados com elementos clássicos e contemporâneos.  Um parceiro perfeito para receber Don Melchor e somar com seus atributos únicos de requinte, elegância e hospitalidade.

Don Melchor 2020

Composto de 92% de Cabernet Sauvignon, 6% de Cabernet Franc, 1% de Merlot e 1% de Petit Verdot, Don Melchor passou 15 meses em barricas de carvalho francês, 71% das quais novas e 29% em segundo uso. O resultado é um vinho de uma tremenda complexidade aromática, com frutas vermelhas e flores, além de um grande frescor e textura aveludada, com um final muito longo e persistente. Esta nova safra está composta de 92% de Cabernet Sauvignon, 6% de Cabernet Franc, 1% de Merlot e 1% de Petit Verdot.
Don Melchor.

“A oportuna colheita na vindima permitiu ter vinhos de excelente qualidade com concentração e maturidade muito boas, mantendo o frescor e vivacidade nas diferentes parcelas do Cabernet Sauvignon. Resultou em vinhos equilibrados e cheios de energia, com texturas refinadas, plenos de diferentes expressões de aromas e sabores que nos permitiram criar um grande Don Melchor 2020”, comenta o enólogo Enrique Tirado.

Don Melchor 2020 tem potencial de guarda de 35 anos, apresenta cor violácea com grande intensidade e complexidade aromática de frutas vermelhas acompanhadas por notas florais de violetas e rosas. Em boca, é um vinho saboroso, de ataque suave, para logo mostrar grande frescor e elegância. Trata-se de um vinho de textura aveludada, corpo exuberante e um final muito longo e persistente. Já chega altamanente pontuado, obtendo 97 pts. junto ao crítico James Suckling.

A colheita

A temporada vitivinícola 2019-2020 acabou se tornando uma das safras mais desafiadoras para a equipe agrícola e enológica de Don Melchor. Além das características peculiares relativas às condições climáticas e à água precipitada, acrescentou-se o início da pandemia da Covid-19 no Chile, desencadeando exigentes operações na Viña Don Melchor para tomar todas as precauções sanitárias de proteção aos seus trabalhadores durante a colheita e para manter a continuidade operacional.

Em termos climáticos, a região de Puente Alto apresentou temperaturas elevadas, principalmente nos meses de novembro e dezembro, quando comparadas com a média histórica. Posteriormente, na primeira metade do verão, ou seja, durante os meses de janeiro e fevereiro, a temperatura foi semelhante às das últimas duas estações, ainda que um pouco mais elevada do que a média histórica. Em média, a temperatura entre setembro e março, período da brotação da colheita, foi de 18,2 °C, ou seja, 1,1 °C mais alta que a média histórica de 17,1 °C para este mesmo período. Em relação às precipitações, foi um ano muito seco, acumulando somente 88,7 milímetros de água precipitada, muito abaixo dos 335 milímetros da média histórica, e estas concentraram-se no inverno, registrando praticamente uma escassez de chuvas no restante da estação.

Esta situação climática provocou em Puente Alto, e de um modo geral, no vale do Maipo, uma antecipação da colheita de aproximadamente 15 a 20 dias, o que foi intensificado com rendimentos mais baixos, causados principalmente por bagas de uvas muito pequenas, o que acelerou a concentração e maturação. Apesar disso, os cachos mostraram uma grande qualidade na colheita, destacando o bom equilíbrio e concentração.

Sobre Enrique Tirado

Uma das figuras mais influentes do cenário vitivinícola nacional, o enólogo Enrique Tirado é há mais de 20 anos o responsável pelo Don Melchor, o primeiro vinho ícone chileno e uma verdadeira referência da cepa em nível mundial. Além disso, desde 2019 assumiu a Gerência Geral da Viña Don Melchor, enfrentando este importante desafio através de sua profunda experiência e capacidade para liderar esta empresa. Engenheiro agrônomo com formação em enologia pela Universidade Católica do Chile, uma de suas qualidades mais distintivas é a extraordinária sensibilidade enológica, rigor e meticuloso trabalho na direção de Don Melchor. 

Sua permanente dedicação e estudo do solo, clima, manejo agrícola e implementação de novas tecnologias de vinificação, o levaram a compreender plenamente o vinhedo, conseguindo obter a melhor expressão do Cabernet Sauvignon em Puente Alto. Sua reconhecida paixão pelo terroir também o levou a liderar em 2002 o primeiro estudo sobre solos e terroir no Chile, desenvolvido em colaboração com o Institut National Agronomique Paris-Grignon (INA P-G), uma das instituições acadêmicas de maior prestígio da França. 

Junto com seu excepcional trabalho a cargo de Don Melchor, Enrique Tirado participa ativamente da Viña Almaviva, aliança estratégica entre a adega francesa Barão Philippe de Rothschild e a Concha y Toro, primeiro como coenólogo com Patrick León e, desde 2004, como diretor da Viña Almaviva.  Por sua vez, desde a criação de Don Melchor, em 1987, Enrique trabalha em conjunto com o destacado assessor francês Jacques Boissenot, consultor dos mais renomados Châteaux de Bordeaux, no processo de definição do blend final do vinho. Hoje é Eric Boissenot quem continua o legado de seu pai e colabora com Enrique Tirado neste processo.

Hoje, desde sua posição de gerente geral e diretor técnico, Enrique busca posicionar o Don Melchor no topo da indústria vitivinícola, além de continuar elaborando um vinho da mais alta qualidade, capaz de expressar o magnífico terroir de Puente Alto. 

“Don Melchor significa para mim a busca constante da melhor expressão de cada parreira dentro do vinhedo, para assim obter em cada vindima a beleza do equilíbrio do te oir de Puente Alto. Essa é a minha verdadeira obsessão. Uso a tecnologia como uma fe amenta para alcançar um conhecimento maior, embora observar e sentir cada planta e vinho é o que nos permite conseguir o equilíbrio perfeito em cada safra”, diz o enólogo.

Uma história

Don Melchor Concha y Toro, um visionário político e homem de negócios, foi um dos precursores do desenvolvimento do vinho no Chile. Nascido em Santiago em 1834, foi um renomado advogado e empresário, com um papel muito importante na vida pública chilena durante a segunda metade do século XIX. Respeitado em todo o ambiente político, teve uma longa trajetória no parlamento e inclusive chegou a ser nomeado Ministro da Fazenda. 

O interesse de Don Melchor pelo serviço público estava no sangue. Seu pai, Melchor de Santiago Concha y Cerda, foi um célebre político. Dele herdou o título de Marquês de Casa Concha, recebido pelo primeiro Concha que chegou da Espanha pelos serviços prestados à Coroa e que foi repassado a sua descendência. No mundo privado, destacou-se por sua grande versatilidade e por sua visão global do mundo dos negócios, levando-o a se interessar precisamente pelo mundo do vinho. 

A relação de Don Melchor com o vinho não pode ser explicada sem mencionar sua esposa, Emiliana Subercaseaux Vicuña, de quem herdou a fazenda familiar de Pirque, no Vale do Maipo, e que teve notória influência em sua aproximação ao mundo da viticultura. Desta forma, aos 50 anos, em 1883, plantou as primeiras videiras francesas pré-filoxera na propriedade familiar de Pirque – em um inigualável setor do Vale do Maipo – construindo o casarão de verão da família e fundando ali a Viña Concha y Toro. Para seu projeto vitivinícola, Don Melchor foi assessorado por um renomado enólogo de Bordeaux, Monsieur Labouchere, quem se surpreendeu com a qualidade do solo do Vale do Maipo. Faleceu ainda jovem, em 1892, antes de que o projeto cumprisse sua primeira década, deixando um profundo legado para as gerações futuras. 

Pouco mais de cem anos mais tarde, em 1986, Rafael Guilisasti Gana, filho do presidente da Viña Concha y Toro naquela época, viajou para a França junto a Goetz Von Gersdorff, enólogo chefe da empresa e diretor técnico de todos os vinhos da Concha y Toro nessa época para mostrar o Cabernet Sauvignon proveniente do vinhedo Puente Alto para Emile Peynaud, célebre enólogo de Bordeaux e considerado o pai da enologia moderna. Peynaud se surpreendeu imediatamente com a extraordinária qualidade deste vinhedo, confirmando o inquestionável potencial deste terroir para o desenvolvimento de um vinho sem precedentes no Chile. 

Por problemas de saúde, Peynaud não pôde participar pessoalmente do projeto, mas sugeriu a assessoria de seu mais fiel colaborador, o enólogo Jacques Boissenot, consultor de Châteaux franceses de grande prestígio e com experiência especialmente em vinhos da região do Médoc. Desde a primeira safra de Don Melchor em 1987 até a safra de 2013, Jacques Boissenot esteve envolvido no processo de definição do blend final do vinho. Hoje é seu filho, Eric Boissenot, quem continua seu legado e trabalha com Enrique Tirado, atual enólogo de Don Melchor e responsável pelo mesmo desde 1997. 

Um dos aspectos mais relevantes da história de Don Melchor é a convicção de contar com um vinhedo capaz de produzir vinhos de classe mundial, que expressem fielmente seu lugar de origem. 

O vinhedo Puente Alto, lugar de origem de Don Melchor, possui um papel fundamental na história moderna do vinho no Chile, aquela iniciada na segunda metade do século XIX. Localizado 18 km ao sul de Santiago, aos pés da Cordilheira dos Andes, este foi o lugar onde foram plantadas algumas das primeiras variedades francesas no Chile, em torno de 1860. Da mesma forma que outros proprietários de terras da época, tais como Don Melchor Concha y Toro, seu projeto se baseou na viticultura francesa, contratando enólogos da França e importando os mais modernos equipamentos disponíveis. 

Dos vinhos produzidos no vinhedo nesta primeira etapa não restaram muitos registros, até 1962, quando Concha y Toro compra o vinhedo para produzir ali alguns dos vinhos Premium da empresa e dar vida ao primeiro vinho ícone do Chile: Don Melchor. 

A excepcional qualidade do vinhedo Don Melchor fez com que, uma década após sua primeira safra, no ano 1997, a prestigiosa empresa francesa Baron Philippe de Rothschild – responsável pelo lendário vinho Château Mouton Rothschild, um dos cinco Premier Grand Cru Classé da França – embarcasse em um novo projeto: uma aliança com a Viña Concha y Toro para criar o Almaviva, um assemblage de variedades de origem bordalesa que compartilha com Don Melchor o mesmo terroir. 

Em 2019, estabelecendo um importante marco em sua história, é fundada a Viña Don Melchor. Ao traçar este novo caminho o que se procura destacar é a maturidade alcançada por este icônico Cabernet Sauvignon e a capacidade de expressar sua própria identidade, que lhe permite enfrentar os novos desafios da indústria, sempre respondendo aos mais elevados padrões de qualidade e excelência que o levaram a se posicionar entre os melhores vinhos do mundo. 

Desta forma, a identidade da Viña Don Melchor está construída com base em três pilares fundamentais: sua impecável herança e trajetória, as condições inigualáveis do terroir do qual é proveniente e o profundo entendimento e maestria na elaboração de seu vinho Don Melchor. 

Um Terroir: O Cabernet Sauvignon dos Andes

O Vale do Maipo constitui a região vitivinícola de maior prestígio do Chile e é neste lugar onde, precisamente, está localizado o vinhedo Don Melchor. Localizado aos pés da Cordilheira dos Andes, na ribeira norte do Rio Maipo – a 650 metros acima do nível do mar – o vinhedo Don Melchor desempenhou um importante papel na história moderna do vinho chileno. 

Situado em uma das zonas mais frias dentro do Vale do Alto Maipo, marcada por um clima mediterrâneo semiárido, com uma temperatura média anual de 14,4 °C e uma pluviometria média de 350 mm., o vinhedo está plantado com variedades francesas pré-filoxera que foram importadas da França em meados do século XIX. 

Uma das qualidades mais importantes do vinhedo corresponde às características de seu solo: pobre em nutrientes e de uma constituição diversa, está composto por argila, limo, areia, cascalho e pedras arredondadas produto da erosão milenar causada pelas geleiras que avançaram desde as montanhas em direção ao vale, arrastando material que logo deu origem aos terraços. Estes solos garantem uma boa drenagem e uma baixa fertilidade, o que ocasiona uma restrição no crescimento vegetativo das plantas, favorecendo a concentração e o amadurecimento natural dos cachos. 

A majestosa Cordilheira dos Andes constitui outro elemento crucial neste extraordinário terroir. Devido à influência fria, que se manifesta na forma de brisas frescas e de uma grande amplitude térmica entre o dia e a noite durante o período de amadurecimento, a maturação ocorre de forma lenta e homogênea junto com a conservação de uma acidez precisa, fruta vermelha fresca e uma maior concentração de cor, aromas e sabores nos cachos. 

O vinhedo está formado por 127 hectares, dos quais 90 % correspondem a Cabernet Sauvignon, 7,1 % a Cabernet Franc, 1,9 % a Merlot e 1 % a Petit Verdot. 

Fruto de uma extensa investigação do terroir de Puente Alto, os 127 hectares que formam o vinhedo Don Melchor, estão subdivididos em sete lotes de Cabernet Sauvignon e pequenos lotes de Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot. Cada um deles, por sua vez, foi subdividido em lotes menores, de tal forma que seja possível trabalhar de forma específica e detalhada em cada uma dessas áreas, respondendo às necessidades de cada planta, fileira por fileira, para poder alcançar o equilíbrio perfeito de acordo com as características climáticas de cada ano. 

Existe uma grande quantidade de fatores que influenciam esta determinação, entre elas o conteúdo, tamanho e a distribuição das pedras nos distintos horizontes, o crescimento das raízes, o conteúdo de argila, areia, limo, nutrientes – como nitrogênio, fósforo, potássio, carbonatos e cálcio –, bem como o conteúdo de matéria orgânica e a capacidade de retenção de água, entre outros, que finalmente apresentam influência nas diferentes expressões encontradas nos vinhos. 

O trabalho realizado no vinhedo Don Melchor inclui o desenvolvimento de práticas de manejo da propriedade que potencializam o desenvolvimento do ecossistema presente no vinhedo. Para isso, foi promovida a criação de corredores biológicos que permitam o desenvolvimento da flora nativa, assim como a reprodução de grande quantidade de espécies que trazem vida ao vinhedo. Além disso, os corredores associados a cursos de água contribuem para a diminuição da sedimentação e erosão dos solos nas ribeiras, gerando um ambiente de grande biodiversidade e valor para seu entorno. “O estilo, a complexidade e a fineza de Don Melchor nascem do perfeito equilíbrio entre o solo pedregoso de Puente Alto, o vento frio que desce da Cordilheira dos Andes, o generoso clima do Vale do Alto Maipo, os anos que suas parreiras levaram para oferecer suas melhores uvas, e o cuidadoso trabalho no vinhedo”, diz Enrique Tirado

Um Vinho

A cada ano, o enólogo Enrique Tirado percorre o vinhedo, provando fileira por fileira e checando a maturação dos cachos para definir o momento exato no qual a uva deve ser colhida. A vindima de Don Melchor é determinada após a degustação e a realização de análises específicas na uva. As frutas são colhidas manualmente, entre meados de abril e princípio de maio e apenas aquelas bagas de uva maduras, intactas e saudáveis são selecionadas para a fermentação em tanques de aço inoxidável. Cada seção homogênea é vinificada separadamente, com especial cuidado com a temperatura e as remontagens de cada tanque. A cor e os taninos são extraídos do bagaço e das sementes da uva através de uma delicada maceração. Após a fermentação, o bagaço juntamente com as sementes é prensado para preservar a máxima qualidade dos taninos da uva.  Uma nova safra de Don Melchor nasce quando é definida a proporção dos distintos Cabernet Sauvignon, provenientes dos diversos lotes do vinhedo, que formarão o blend final, podendo chegar a representar 60 a 70% do vinho total. 

Alguns anos, pequenas porcentagens de Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot são adicionadas para entregar complexidade e elegância ao blend final. 

Assim, todos os anos no povoado de Lamarque, Bordeaux, na França, o enólogo Enrique Tirado se reúne com Eric Boissenot – filho do renomado consultor bordalês Jacques Boissenot – para degustar em torno de 150 lotes do vinhedo, selecionando apenas aqueles que, na proporção exata, definirão uma nova safra de Don Melchor. 

Uma vez definida a mescla, a nova safra de Don Melchor é transferida para barris de carvalho francês dos bosques de Allier, Tronçais e Nevers. Cerca de dois terços dos barris são novos e o terço restante já foi usado anteriormente. Após um período de 14 a 15 meses, o vinho é engarrafado e continua seu envelhecimento por mais um ano, desenvolvendo assim a complexidade e a elegância próprias de Don Melchor.