Após longa disputa política pelo maior troféu, o cargo de Presidente da República, a oposição conseguiu afastar, pelo menos por 180 dias, a Presidente Dilma Rousseff em meio aos meandros do Parlamento e do Senado. O Brasil ficou dividido.
De um lado o Senado Federal ratificou a vontade popular: afastou do poder um governo capcioso com muitos políticos que respondem a justiça por atos ilícitos, além de não haver capacidade para gestão do erário, fato que causou aumento da divida pública e grande queda do PIB (lado da demanda).
De outro lado, existe um grande baluarte construído pelo PT com a militância organizada na forma de centrais sindicais para apoiar seus objetivos incondicionalmente. Neste cenário, os defensores do socialismo radical não permitem outras possibilidades de distribuição de renda, a não ser tirar de quem tem para dar a quem não tem, sem se importar com as consequências.
Aproveito a oportunidade para questionar: porque o PT não se interessa em divulgar os assentamentos no seu governo em favor do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST? O empenho do governo PT, sempre foi o de atender os interesses da população carente, inclusive no meio rural. Então, porque não houve avanços nos assentamentos? Talvez, para não enfraquecer o movimento e manter a esperança dos trabalhadores rurais de algum dia terem um quinhão de terra para sobrevivência e cultivo familiar.
Não quero aqui, fazer louvores ao Presidente Interino Michel Temer, que ainda precisa mostrar se tem competência para o cargo. Também, não quero questionar as espúrias no poder público. Quero me referir que existe um fato novo no governo para renovar a esperança no futuro quanto à retomada do crescimento econômico. A teoria socialista de Marx e Engels não encontra espaços em governos democráticos e neoliberais.
Acredito que a produção conjugada com investimentos públicos para estimular a confiança dos mercados e gerar empregos, é capaz de causar mais equidade na distribuição de renda. Parece que o PT ainda não percebeu os efeitos da globalização e insiste em implantar modelos políticos do século XX. É surreal ouvir o PT e o PC do B falarem em valorizar a democracia, enquanto seus princípios preconizam poderes únicos.
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