Em reunião com Casa Civil na última segunda-feira (20), municípios apontaram problemas dos hospitais regionais
O sistema de saúde do Rio Grande do Sul terá uma mudança, especialmente na Região Metropolitana, com a redistribuição no atendimento daqueles municípios que eram atendidos por Canoas e que passarão a ter outras cidades como referência. Isso retira da capacidade de absorção deste município, um milhão de pessoas que serão atendidas por outras cidades.
A informação foi apresentada para o presidente da Granpal (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), Rodrigo Battistella, pela Secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann. Ela participou da reunião que aconteceu na segunda-feira (20/03) entre representantes da associação e o secretário-Chefe da Casa Civil, Arthur Lemos.
No encontro, os representantes da Região Metropolitana apresentaram um quadro preocupante sobre a superlotação das emergências dos hospitais dos municípios, e destacaram a necessidade de aumentar o repasse estadual para as cidades. Arita Bergmann, Secretária de Saúde do Estado, pontuou que houve avanços importantes, como os 26 hospitais da região que receberão incrementos de serviços de oncologia.
Segundo ela, apenas o Hospital de São Leopoldo receberá R$ 3 milhões de verbas para exames e demais equipamentos, através da parceria com o Ministério Público. Além disso, destacou, o Governo do Estado tem investido no equilíbrio de orçamento e distribuição de pacientes, para que não somente a Região Metropolitana seja penalizada pelo excesso de pessoas.
Já o secretário Lemos pediu apoio aos prefeitos para que reforcem os pedidos que o Governo Federal olhe com mais atenção para o repasse de verbas para a saúde. O Assistir, programa estadual lançado em agosto de 2021, tem como objetivo fomentar ações e serviços de saúde nos hospitais contratualizados para prestação de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Pelo resultado da reunião, o governo do Estado vai tirar a pressão sobre Porto Alegre e Canoas que tinha antes do programa Assistir e vai redistribuir em todo os municípios. Isto porque o prejuízo orçamentário nos cofres municipais impede a continuidade no volume de atendimentos. Não podemos ter menos recursos e atendendo o mesmo volume de pessoas do passado”, diz Battistella.
Com a redução do ICMS, o valor repassado pelo programa não consegue abastecer as demandas dos hospitais, forçando as administrações públicas a utilizar recursos próprios para aplicar na saúde. De acordo com o Secretário de Saúde de Canoas, Aristeu Ismailow, somente em seu município houve um aumento de 20% de investimentos na saúde que saíram dos cofres da cidade para atender demandas hospitalares, percentual que em Esteio chegou a 36% do orçamento próprio.
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