O técnico do Internacional, Paulo Roberto Falcão, já enfrentou grandes desafios, dentro e fora dos campos de futebol. E se não superou todos,foi vitorioso na maioria,principalmente como jogador profissional fora de série,no Internacional e depois no Roma,onde se transformou também em ídolo,até hoje reverenciado pelos torcedores do famoso clube da cidade histórica.Mas certamente ele está consciente de que deverá reunir todos os seus conhecimentos teóricos e práticos para retirar o time do Internacional do atoleiro em que está metido há vários dias.O tamanho do desafio colocado diante de Falcão se viu na partida de domingo( 17 de julho),no Beira-Rio,quando o Internacional enfrentou o atual líder do Brasileiro,o Palmeiras,comandado pelo técnico Cuca. Mesmo com o apoio entusiasmado da torcida,que respeita e estima Falcão,o time não correspondeu no campo de jogo.E não só porque perdeu o jogo pelo placar de 1 a 0,construído no primeiro tempo,mas pelo desempenho inaceitável de jogadores que representam um clube tão importante como o Internacional.Em linhas gerais, a atuação do time não foi diferente do que se viu em seis jogos anteriores,quando seus jogadores só colherem os frutos amargos das derrotas.Aliás, no primeiro tempo o time foi absolutamente igual,porque não criou nenhuma oportunidade de gol. E no segundo o time melhorou um pouco com o aproveitamento de Valdívia,que substituiu Andrigo,de atuação apagada.Não foi capaz de marcar um golzinho sequer para empatar o jogo.Até porque os outros dois jogadores reservas,também aproveitados no segundo tempo,Anderson e Ariel,não aumentaram o potencial ofensivo do time.
A derrota do Internacional,comemorada pela torcida do Palmeiras,que viu seu time isolar-se na liderança do Brasileiro,não foi digerida pela torcida colorada. Após o jogo,torcedores mais exaltados xingaram jogadores e principalmente dirigentes,como se isso resolvesse os problemas do time. Mas,sensatamente,nenhum torcedor criticou ou ofendeu Falcão. Em três dias de trabalho no Beira-Rio,ele fez o que pode. Falcão ainda vai carregar em suas costas por algum tempo a herança negativa deixada por Argel.O time se transformou num grupo desorganizado de jogadores incapazes de reagirem à adversidade,como se não tivessem nenhum compromisso com a gloriosa camisa vermelha. Jogam como se estivessem disputando um treino rotineiro enquanto os torcedores gritam ansiosamente por uma reação nas arquibancadas.Está faltando alma,coração e vida para o time do Internacional. É triste,mas verdadeiro.
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