É indisfarçável o desejo do presidente do Internacional, Vitório Píffero, de que o clube volte a disputa do Brasileiro de 2016 com a missão de conquistar o grande titulo após mais de três décadas de tentativas infrutíferas. Não que o título gaúcho seja desprezível, até porque se o Inter conquistá-lo será novamente hexa-campeão do Rio Grande do Sul. Ou que os jogos da Primeira Liga sejam desconsiderados. Ao situar a conquista do título brasileiro como o grande objetivo da temporada, o presidente interpreta corretamente o pensamento da maioria dos torcedores colorados. A pergunta que se impõe, no caso, é se neste mês de fevereiro o time do Internacional é capaz de satisfazer a vontade do presidente e dos torcedores, principalmente após a saida do ídolo D’Alessandro. Eu penso que não, mesmo reconhecendo que o grupo atual de profissionais, constituído de jovens e jogadores experientes, carece da peça indispensável para que o troféu brasileiro venha novamente para o precioso acervo do Beira-Rio. Trata-se do famoso camisa nove goleador, que faltou no jogo do Internacional contra o Ypiranga disputado em Porto Alegre no sábado de carnaval. Caso um goleador nato estivesse à disposição do Argel o Ypiranga teria sofrido novamente um goleada histórica como aquele 6 a 0,em 1975, que marcou o inicio da caminhada rumo ao título de hepta-campeão. Sem um jogador da qualidade de um Flávio Minuano ou de um Dario Maravilha, o Internacional foi o dono do jogo contra o Ypiranga, mas o gol sofrido da vitória por 3 a 2 só ocorreu nos descontos, marcado por Aylon. Foram dezenas de cruzamentos inúteis sobre a área do Ypiranga à procura de um finalizador que simplesmente não estava em campo. Essa realidade preocupante obrigou o técnico Argel a dizer que realmente a prioridade em matéria de contratações é um centroavante com fome de gols. Em 1975, quando o clube rompeu as fronteiras do Rio Grande do Sul para se consagrar como o melhor time brasileiro, o time contava com vários jogadores formados nas categorias de base, com destaque especial para Falcão e Paulo César Carpeggiani. Mas só teria ficado na vontade de ser campeão se não tivesse se reforçado antes com nomes consagrados como Manga, Figueroa, Flávio e Lula. Não está querendo demais, portanto, o técnico Argel. Um camisa nove goleador é fundamental. Nem é indispensável que seja técnico,dono de um estilo refinado,capaz de aproximar os pés da bola com zelo e carinho. Um Dario Maravilha já é ótimo. Daria ao time o complemento que lhe falta e atenuaria sensivelmente meu pessimismo em relação a possibilidade de um novo titulo brasileiro colorado.
Um Camisa Nove, Urgente!
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1 Comment
João Garcia
17 de março de 2016 at 10:50Kebby,escreve mais sobre tua infância,Livramento e futebol,teus ídolos daquela época,fala do Armour,do 14 e do Santanense,do futebol uruguaio.