Percebemos em todos os segmentos da sociedade, a desconfiança e incredulidade na classe política. As incertezas na economia põe a população a refletir sobre as consequências que virão dos frequentes escândalos. Diante disso e, ao debruçar-me na realidade onde predomina tantas dúvidas, vejo a necessidade de haver critérios mais austeros nas escolhas.
Hoje, os consumidores selecionam as compras absolutamente necessárias, deixando o supérfluo para tempos de bonança. Já as empresas, retardam e repensam seus investimentos. Em meio a tudo isso, o País mergulha lentamente em tempos difíceis. O tempo da recessão não se pode determinar. A causa de tudo isso, se chama “crise política sem precedentes” que dilacera a autoestima dos brasileiros e provoca muitas perguntas.
Ouso afirmar que entre as indagações mais comuns estão: O que querem os políticos brasileiros para o País? O que a ética representa para eles? Os políticos são eleitos para representar a sociedade ou para defender os objetivos de seus partidos? Porque a maioria dos partidos políticos, pensa somente nas suas gestões e consomem todo o dinheiro dos cofres públicos que podem, não se importando com os anos seguintes? Porque os políticos não se preocupam em acumularem as competências necessárias para o exercício da administração pública? Porque os partidos políticos querem se perpetuar no poder e se contradizem ao mencionar a democracia como fundamento de seus ideais?
Caros leitores, quanto tivermos essas respostas o País poderá mudar o leme para um eldorado mais promissor. Mudar é possível, mas para isso ocorrer é preciso banir a cultura “de” levar vantagens individuais “para” benefícios à sociedade. Não se pode mudar a personalidade de pessoas que declinam para a corrupção como se isso fosse um fato normal no País, basta ter a oportunidade.
É preciso mudar a base ideológica na educação das nossas crianças a partir do ensino fundamental, mostrando-lhes o que é cidadania e democracia de fato, sem demagogias. As crianças, quando chegam à vida adulta, seguem os princípios que estudaram e cultuam os valores que aprenderam na família e na escola. Mas, se estas instituições: famílias e escolas forem frágeis, talvez esteja aí à resposta para a realidade que temos, afinal somos a imagem dos nossos ensinamentos e dos exemplos que temos.
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