Na tentativa de reduzir custos e dar alguma resposta à sociedade, o governo reduziu Ministérios. Presume-se, então, que estes estavam em excesso. A coalizão política tem muitos partidos que formam à base aliada para votar as propostas de interesse do governo. Mas, isso não significa que estas sejam de interesse da sociedade. Por isso, sempre surgem novos Ministérios e Secretarias. Este comportamento virou prática comum na política brasileira.
O governo acomoda os partidos, atribuindo-lhes cargos de confiança (os chamados CC’s) nos Ministérios e Secretarias, ficando em segundo plano a eficiência da administração pública. Como não há cargos para tanta gente, a solução encontrada foi criar novos Ministérios e Secretarias. Essa medida tem elevado custo à sociedade.
Na administração pública há dois tipos de gestões, o primeiro é dado pela democracia que outorga a governabilidade e o segundo, a governança, se refere à capacidade para gerenciar o setor público. Essas doutrinas são citadas por Caio Márcio Marini Ferreira na obra “Administração Pública Gerencial” – UnB – Brasília, 1999. A governabilidade, garantida nas eleições, nem sempre traduz a capacidade dos eleitos para implantar as reformas que o País precisa.
Muitas vezes, as prioridades sociais esbarram nas combinações entre os partidos da base do governo. Mesmo garantida à governabilidade, ela não é suficiente para haver gestões eficientes, o que coloca em relevo o despreparo de muitos políticos. A carência de eficiência e de plano de gestão pública tangível, expõe a incapacidade do governo para consolidar a poupança dos cofres públicos e para fazer os investimentos sociais e de infraestrutura necessários.
A atual instabilidade politica e econômica, agravada pela corrupção e pelo rebaixamento de crédito do País no exterior, fez a sociedade perceber o quanto será difícil o ano de 2016. A baixa atividade econômica, mergulha o País em crise profunda sem haver ações do governo que indique soluções para resgatar a credibilidade. A árdua tarefa de mudanças, impõe ao governo a necessidade de revisar conceitos e atitudes.
O modelo econômico atual, regido pelas metas de inflação, dá claros sinais de desgaste. O Governo precisa agir logo, mas parece que não tem força, nem o apoio sua da base aliada. Enquanto isso, continuaremos ostentando o falso rótulo de País desenvolvido do futuro.
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