Antes de o Internacional enfrentar o São José, sábado (dia 23 ), no Passo da Areia, era quase unânime a opinião dos colorados de que se tratava de um jogo difícil. Não seria muito diferente do primeiro jogo entre os dois times, disputado no Beira-Rio, começo do confronto de 180 minutos, decidindo quem seria um dos finalistas do Gauchão. Avaliação correta, porque jogando como mandante o Internacional não conseguiu vencer o São José, em partida que terminou empatada em 0 a 0. No Passo da Areia, em campo com grama sintética, o São José, uma das surpresas positivas do Gauchão de 2.016, foi realmente um adversário de muito brio. Fato, aliás, que valorizou a vitória colorada, com um gol de Ernando, aos 30 minutos do segundo tempo. Nessa altura do jogo, o Internacional já atacava mais, criando oportunidades para marcar como não se vira no primeiro tempo. E o preparo físico dos jogadores do São José já não parecia ser o ideal para fazer o escore que lhe garantisse participação nos momentos cruciais da disputa pelo titulo. O gol de Ernando,com assistência de Paulão, em cabeceio oportuno, resultou de um chute indefensável para o goleiro Fábio. E significou um prêmio para dois jogadores que transformaram a defesa do Inter em uma barreira de solidez quase intransponível.Mas é possível que tenha havido de parte de alguns colorados uma ponta de insatisfação com o placar mínimo com que o time assegurou sua classificação para disputar o titulo. Deveriam pensar no que aconteceu com o time do Corinthians, também no sábado, derrotado pelo modesto Audax, e impedido de ir ás finais do Paulistão. Vivemos num momento do futebol brasileiro em que times sem títulos expressivos e com folhas de pagamento modestas enfrentam os grandes com seriedade e aplicação, concretizando os planos dos seus treinadores. Portanto, o 1 a 0 do Internacional no Passo da Areia foi na medida e com o selo da fidelidade ao futebol mostrado pelos dois times. De minha parte,não tive angústia, nem irritação. Afinal de contas, o Inter aplainou o caminho, a poucos metros da linha de chegada, para conquistar o titulo de hexacampeão, independentemente do adversário dos jogos finais. Minha preocupação, além dos limites do Rio Grande do Sul, é com o Brasileiro. Entendo que o time deve ter como acréscimo mais força ofensiva, porque o ataque colorado não marcou um gol sequer nos 180 minutos da decisão com o São José. O time precisa de um atacante diferenciado,que ajude o time a ser protagonista no campeonato nacional. Não desprezo, porém, o valor dos jogadores jovens que vem sendo escalados pelo técnico Argel. Inegavelmente, entretanto, eles precisam de um companheiro com habilidade e sorte para marcar gols, mesmo quando o Inter enfrentar defesas bem arrumadas como a do time do São José ,comandado pelo técnico China Balbino.
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