Acidentalmente, claro, a tabela do Brasileirão 2016 nos reservou estréia em SP contra o campeão brasileiro 2015, Corinthians. Depois na Arena o Flamengo, sim, o Flamengo, e após BH para enfrentar o Vice Campeão Brasileiro do ano passado, o Galo. Adiante destas barbadinhas então receberíamos o Coxa, que estava virando tabu (2015 empatamos aqui e perdemos lá – 2014 empate aqui derrota lá – 2013 perdemos lá, 4 x 0, e aqui – 2012 empatamos aqui e perdemos lá – em 2011 perdemos lá e, ufa, ganhamos aqui = ultima vitória em 2011) porque cinco anos se completariam sem vitórias contra o Coritiba, clube do bloco intermediário mas com estes precedentes.
Demos azar e, dentro da minha paranóia, não vou creditar a outra coisa que não a falta de sorte para tabela tão espinhosa, coincidência ruim que Zanini, desportista sem nenhum vínculo afetivo com qualquer clube, e que nutre profundo carinho pelo tricolor, tivesse, por fatalidade, montado desta forma o inicio da temporada. Acontece, uns possuem mais estrela que os outros nestas composições e tivemos este dissabor de saída, que mais parecia um “exit” do que um “start”.
Na mídia e em diversos programas, escutei que o Grêmio se daria por satisfeito se fizesse de 4 a 6 pontos nestes primeiros dez, tendo sido contado como normais – e seriam – perdas para Gavião e Galo – tanto quanto um empate x Fla e talvez, com sorte, vitória contra os Paranaenses. Mas 4 pontos faziam parte das contas mais pessimistas, 6 das mais otimistas.
Nunca foi visitada a hipótese dos 10 concluídos.
Não censuro quem praticou esta matemática. Eu mesmo cheguei a somar 6 com esforço quando vi a tabela, e isto que contava com toda a minha torcida. Perder para o Corinthians seria um resultdo do jogo, dois grandes um contando com fato local nada de espantoso – o fato é que derrota na estréia com uma tabela destas abala profundamente, se o trem descarrilha na partida dificilmente chega no fim da linha. Sabe-se lá o que poderia acontecer, ainda mais com a eterna pressão que se vive, eliminações recentes, comparação com o rival, torcida desconfiada, etc. Armado cenário.
Veja-se que havia uma confiança de boa parte da mídia, e nela registro os tts da Band RS, que sequer cogitavam o final da rodada de hoje com liderança tricolor, e anunciavam a luta do rival por ela, não a nossa, apesar do saldo. Vindo de onde vinha não surpreende, mas a hipótese única dava idéia clara de que o Santos não ameaçaria lá – como não ameaçou – e que o Coxa aqui manteria o tabu – o que felizmente não houve.
Pois os 10 pontos alcançados colocam o Grêmio surpreendentemente na liderança – surpresa diante de todos os prognósticos feitos – e desenha um bom horizonte, ainda mais se Luan continuar a beber na noite, bem, ai vai que vai.
Penso que agora é que, na real, vem a missão. A tabela madrasta só se transforma em mãe se conseguirmos superar esta fase de confrontos mais fortes para manter e acumular gordura e depois fazer o encaminhamento para o fim. Estamos fazendo isto.
Sem dúvida, contudo, e não há como negar, o rival se apresenta neste início como candidato, a próxima partida deles é contra o Atl PR aqui, um time com muitas chances de ser batido, e nós pegamos o Palmeiras lá. Pedreira. Não haverá surpresa se a liderança trocar de lado na 5a rodada. E se ambos tiverem competência ela poderá se alterar a cada saída. E espero a fase menos espinhosa para o bote. O fato é que estamos indo, e bem. Nosso “exit” virou “start”.
Mas, cá para nós, é azarado este Zanini. E o operador do twitter da Band também….. Azarados ?
Amém.
Saudações Tricolores.
Leave a Reply
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.