São invulgares entrevistas coletivas com caráter coletivo, como a que concederam no domingo, dia 27 de novembro, o presidente Michel Temer, o deputado Rodrigo Maia e o senador Renan Calheiros.
Somente crises políticas de graves proporções podem justificar procedimentos do gênero.
É óbvio que por trás da coletiva não estava somente o desejo de circunscrever os efeitos das denúncias traiçoeiras feitas pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero.
Muito mais do que conter essa sangria política, justificou a coletiva, a convicção de Temer, Maia e Renan, a respeito da enorme indisposição popular diante dos arreganhos de deputados dispostos a emplacar a proposta de anistia ao caixa 2, contrabandeando esta maçã podre diretamente à cesta das “10 Medias Anticorrupção”.
Sobre esta traição ao povo brasileiro, o que disse cada um:
Rodrigo Maia – Na terça-feira, quando da votação do relatório do deputado Onyx Lorenzoni, quem fizer esta proposta, poderá até conseguir levá-la a voto, mas a votação terá que ser nominal.
Renan Calheiros – No Senado, esta proposta não passará.
Michel Temer – Se chegar ao Planalto, eu vetarei a proposta.
O Planalto e o Congresso alarmaram-se com os protestos nas redes sociais, onde os opositores da anistia ameaçaram unir-se até mesmo ao Psol, algo como a formação do seguinte exército:
– Coxinhas e mortadelas unirão forças nas ruas, como pamonhas, para derrotar de novo a corrupção, desta vez do lado de cá.
Maia, Calheiros e Temer, também, além de unidos em torno da agenda única das reformas da economia, poderão aproveitar a hora para unificarem suas agendas políticas, que apresentam-se de mau odor e na contramão do que quer o povo brasileiro.
A mobilização para grandes manifestações de rua contra os arreganhos dos deputados e senadores corruptos está agendada para domingo, dia 4.
Nada garante que derrotados desta primeira vez, os parlamentares e seus aliados dentro e fora do governo, de todos os Partidos, não tentem de novo e de novo, mais uma vez de novo, até conseguirem o que querem, que é anistia para seus crimes, livrando a cara, também de gente como Lula e seus asseclas.
O problema é que desta vez os russos estão avisados e não querem saber de conversa fiada.
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