Já escrevi outras vezes que não me vinculo ao bloco dos derrotistas, quando comento temas políticos e muito menos a respeito do futebol, minha paixão sempre renovada. Também não participo do time dos otimistas incorrigíveis, que mesmo com os pés a beira do abismo, acham que não vão cair porque se trata de uma ilusão de ótica. Fico no meio termo, onde gostavam de se situar os grandes pensadores chineses.
No caso do do time do Internacional, comandado pelo técnico Antonio Carlos Zago, reitero minha análise equilibrada. Não vejo o time do Inter que disputou alguns jogos na temporada de 2.017 como favorito para ganhar todas as competições, nem como candidato ao sofrimento reiterado das derrotas. Mas em dias recentes meu otimismo aumentou em relação ao pessimismo. O time, que disputara quatro jogos sem vitórias no Gauchão, ganhou do Brasil, de Pelotas, no Beira-Rio, por 1 a 0, gol de Roberson, escorando a bola com o peito, após cruzamento de Nico Lopez. E assim melhorou sua posição na tabela, onde ocupava, constrangidamente, os últimos lugares.
Mas nos três dias antes do jogo contra o Brasil, o time também foi bem sucedido na disputa da Primeira Liga e da Copa do Brasil, abrindo caminho para as próximas fases das competições. Em um período de 24 horas o Internacional venceu com duas goleadas: de 4 a 1, contra o União paulista e de 3 a 1, no confronto com o Criciúma, fora de casa, formado por um time de reservas. Mesmo considerando a fragilidade dos adversários, os times escalados por Zago com formações diferentes não ficaram em dívida com os torcedores. E mostraram algumas individualidades em ascensão técnica, principalmente o camisa nove Brenner, goleador da temporada.
Entre os jogadores contratados recentemente, tenho apreciado com respeito o futebol de Uendel, mas também vejo em Carlinhos e Carlos jogadores com possibilidades de sucesso na temporada. E aguardo com expectativa a estréia do xerife argentino da zaga, Victor Leandro Cuesta.
Mais: nas conversas com amigos, só tenho elogios para jogadores formados na base do clube, principalmente o volante Charles. Posso concluir, então, que o Internacional está em bom caminho. E que sua diretoria, liderada por Marcelo Medeiros, honrado representante de uma tradição familiar na presidência do clube, está sendo competente para superar limitações financeiras e fazer contratações pontuais que o time precisa.
Ah,e que venha o próximo Gre-Nal. Felizmente para os colorados a maioria dos cronistas esportivos gaúchos acha que o Grêmio vai ganhar.
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