Já perdi a conta de quantos Gre-Nais assisti,ao vivo ou diante da televisão,que em alguns deles correu o risco de dano face ao meu nervosismo.
E se aprendi alguma coisa vendo o clássico foi que é arriscado escolher-se um favorito antes da sua realização.Favoritismo é uma palavra incompatível com o aguerrimento do Gre-Nal. Nem mesmo se um dos times fosse para o jogo somente com reservas, numa decisão maluca do técnico, não poderia ser considerado candidato certo a derrota. Vejo, entretanto, que minha opinião não é compartilhada por alguns colegas da crônica esportiva, incansáveis na exposição de palpites sem pé nem cabeça.
Quem não fosse gaúcho e soubesse o que se dizia na mídia antes do Gre-Nal 412,apostaria suas poupanças numa vitória aplastante do Grêmio.No entanto,o Gre-Nal disputado na Arena com a presença de 40 mil torcedores terminou empatado em 2 a 2. A pretensa superioridade gremista, proclamada com indisfarçável alegria numa mídia que sempre se diz isenta, desapareceu com a chuva que desabou sobre o gramado da Arena. O Grêmio foi melhor no primeiro tempo porque o time do Internacional não começou a partida com a sua melhor formação. De forma inaceitável num Gre-Nal o time quase não atacou, ao contrário do Grêmio, muito mais ofensivo. E por isso foi premiado com o primeiro gol do clássico, marcado por Bolãnos.
Mas o que se viu no segundo tempo foi diferente. O Internacional readquiriu sua condição de protagonista com as duas principais modificações no time feitas pelo técnico Antonio Carlos Zago. Nico López e Roberson,que substituíram Carlos e Charles no início do segundo tempo, reanimaram o ataque colorado. E aconteceu até uma virada no placar com os gols marcados por Roberson e Brenner. O placar só não ficou definido nos 2 a 1 porque Fernandinho, retirado do banco por Renato quando aumentava o sofrimento gremista, empatou a partida em chute desferido na entrada da grande área. Foi beneficiado pelo fato de que Danilo Fernandes estava naquele momento com a visão encoberta, pela presença de vários jogadores a sua frente. Mas o gol de Fernandinho, igualando tudo, foi merecido.
O Gre-Nal terminou com um placar na medida do desempenho das duas equipes em um clássico de boa qualidade. E teve em D´Alessandro o seu grande destaque, por sua técnica, aplicação e notável capacidade de liderança. Com ele no time certamente o Internacional não teria sofrido no ano passado o golpe do rebaixamento.
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