O árbitro pelotense Diego Real, aspirante Fifa, deve estar vivendo numa espécie de inferno zodiacal, desde o final do jogo de Juventude e Internacional, disputado domingo, dia 12, no Estádio Alfredo Jaconi. De forma estranha, ele validou um pênalti inexistente contra o Internacional, já nos descontos,que resultou na vitória do Juventude por 1 a 0. Ele viu o que seus auxiliares não viram: pênalti do lateral-direito Junio, quando a bola tocou nitidamente apenas no peito do jogador. Apesar do alerta feito por seus companheiros de arbitragem de que nada de anormal acontecera, Real confirmou o pênalti, colocando-se no centro de forte discussão.
Não creio, porém, que ele tenha agido de má fé, mantendo a marcação do pênalti inexistente com a intenção de prejudicar o Internacional. Pura e simplesmente, Diego achou que seu olhar estava certo e o de seus colegas de arbitragem equivocado. Em razão na insistência com o erro, ele vai pagar algum tempo com o seu afastamento dos principais jogos do Gauchão. Mas como lhe disse o presidente da Federação Gaucha de Futebol, Francisco Noveletto, num gesto de apoio em momento tão ruim, a vida segue. Daqui a algum tempo, o fato já estará superado e Diego Real continuará ascendendo em sua profissão de árbitro. Até porque não se consegue encontrar uma biografia de árbitro sem o registro de eventual falha ou equívoco. Será importante, porém, que Diego Real reconheça, no diálogo com o seu travesseiro, que humildade não faz mal a ninguém. Grandes profissionais da arbitragem também erram, mas sempre tem humildade para reconhecer seus equívocos.
Quanto as reclamações dos dirigentes do Internacional face ao prejuízo no jogo de Caxias do Sul,são compreensíveis. Mas não devem exagerar em sua bronca com o árbitro, achando que ele foi mal intencionado. Dirigentes e jogadores colorados devem reconhecer, também com humildade indispensável, que o time não tem mostrado o seu melhor futebol no Gauchão. Seus resultados são piores do que poderia imaginar o torcedor colorado mais pessimista. Inexplicavelmente, o time aparece na tabela em pior situação do que equipes com folhas salariais modestas, sem o mínimo da estrutura profissional colocada à disposição dos jogadores colorados.
Claro que o time pode reagir e certamente reagirá. Mas se isso não acontecer o trabalho comandado pelo técnico Atonio Carlos Zago será colocado sob suspeição, independentemente dos resultados que o time alcançar na Primeira Liga e na Copa do Brasil. Até porque o grande objetivo do Interacional, neste início de temporada, segundo seus dirigentes, é a conquista do titulo de hepta campeão do Rio Grande do Sul. E ainda há quem diga, equivocadamente, que o Gauchão não tem importância. Só tem. Quem despreza títulos no Gauchão é porque não pode ou não sabe conquistá-los.
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