Em dia de muitos, com direito a um partidaço de Edilson, uma cena de cinema.
Roberto Schweitzer, fraterno amigo de anos, colega de turma, me manda um Whatts – acho que antes mesmo do jogo terminar: “no 4º gol era para toda torcida deixar a Arena, pagar novo ingresso, e retornar para ver o que restaria do jogo”. Talvez a frase não descreva a beleza do gol em sua inteireza – até porque é o tipo de jogada que não se narra, ou se vê, ou nunca se saberá exatamente como foi – mas revela a preciosidade vista e a admiração que tomou conta do torcedor.
Este Grêmio do Renato já fez diversos gols do tipo com bola rolando de pé em pé diante do espanto do adversário, se viu isto ano passado mais de uma vez, para se citar dois exemplos rápidos isto ocorreu contra o Galo e contra a Raposa lá em Minas na conquista do Penta. Não saberia dizer se o 4º gol do jogo de ontem foi mais ou menos bonito que os já havidos. Mas é um daqueles gols que não se cansa vendo. É o gol viciante, de se ver todos os dias para que se saiba que futebol é arte sim, ou, ao menos, também é arte. Mais, no mínimo se reconheça, a parte mais linda do futebol é aquela em que se mira a arte do jogo.
E a arte do jogo ontem esteve no 4º gol. A arte do futebol está na habilidade individual de um ou na beleza plástica da coletividade? Renato tem feito do Grêmio uma prova evidente de que se a habilidade individual é bela, mas o verdadeiro espetáculo está quando todos produzem uma cena formosa. Ontem, esta cena esteve no 4º gol. Eu não vou descrever. Não saberia. Vejam, quem não viu, reveja quem assistiu. Mas por favor, não vejam nos melhores momentos, acompanhe a jogada desde o nascedouro, desde o primeiro até o último toque, este que saiu da cabeça de Fernandinho para as redes. É um gol para se ver inteiro. É um filme em que se vê a cena principal completa.
Saudações Tricolores!
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