Educação e cultura de um povo | Por Dilmar Isidoro

Educação e cultura de um povo | Por Dilmar Isidoro

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Embora os conceitos de educação e cultura estejam intimamente ligados, eles têm fundamentos distintos. É comum na sociedade brasileira, às pessoas se referirem a esses termos como se fossem sinônimos. Na verdade, eles se completam.

 

Ainda, é corriqueiro as pessoas admirarem a educação de Países como Japão, Suécia, Noruega e Canadá. A inveja branca (inveja boa, do bem), provoca sonhos de que um dia, quiçá, o Brasil também pode ser assim.

 

O que a maioria das pessoas não sabe, é que o status quo (posição atual) desses Países se mantém graças à educação familiar desde a infância, onde se privilegia: cidadania, respeito às pessoas, educação no trânsito, preservação ambiental, democracia e veemente repudio a todo e qualquer tipo de corrupção.

 

Naqueles Países, as crianças aprendem – além das disciplinas regulares para lhes formar culturalmente – conteúdos que os formam pessoas sociáveis, ou seja, cidadania, respeito aos direitos individuais, banir vantagens ilícitas, serem motoristas educados no trânsito, preservarem o meio ambiente, etc.

 

É lógico que para haver educação exemplar, é necessário que as famílias sejam estruturadas e haja equidade de renda na sociedade, isso é óbvio. O Brasil está décadas de distância disso porque é um País heterogêneo, tem muitos problemas sociais e muita corrupção, especialmente na política. Mas, afinal é possível que o Brasil possa ser um País melhor para todos e com mais justiça social? A resposta é sim, mas, existe um longo caminho pela frente. Estou me referindo que é preciso no mínimo duas décadas para construir bases sólidas, a partir da infância e juventude. A base da cultura é a educação de base. Ora, se os pais não são educados e cultos como poderão passar legados que eles não têm aos filhos? Por outro lado, os bons exemplos são verticais, isto é, partem dos políticos para a sociedade e dos pais aos filhos.

 

A realidade é que não podemos esperar dos políticos bons exemplos, pois muitos são analfabetos funcionais, já outros são oportunistas em busca de aposentadorias especiais com muitas benesses e outros tantos são corruptos, segundo processos judiciais expostos à mídia.

 

Sou a favor da redução de siglas partidárias e da extinção de partidos políticos notadamente compostos por elementos corruptos e despreparados para as funções públicas. Também, o orçamento público precisa ser redimensionado para privilegiar o bem comum e não para o acumulo de Ministérios inúteis para presentear aliados políticos.

 

O Brasil tem solução, o começo da transformação passa por profundas mudanças na Lei de Diretrizes Básicas da Educação – LDB, o modelo atual é retrógrado e bem ultrapassado. É preciso incluir na base curricular do ensino fundamental e médio, além das disciplinas clássicas: português, matemática, história, geografia ciências e educação religiosa, outros conteúdos que complementem a cultura adquirida, pela aprendizagem. Refiro-me àquelas que consolidam a educação: cidadania, respeito às pessoas, educação no trânsito, preservação ambiental, democracia e veemente repudio a todo e qualquer tipo de corrupção.

 

Para que isso ocorra, é preciso que as autoridades do Ministério da Educação e Secretarias Estaduais da Educação, percebam a importância deste feito para mudar o futuro da juventude. Ainda, é preciso que haja maior orçamento às escolas e mais valorização aos professores que – outrora – eram chamados de mestres e eram referências aos alunos. Hoje, os professores são humilhados e agredidos com palavras e fisicamente por jovens baderneiros que desconhecem a importância desses profissionais educadores.

 

No passado não tão distante, os pais apoiavam os professores. Hoje a realidade é outra, infelizmente a maioria dos pais apoia os filhos se estes forem contrariados pelos professores. De fato, como podemos ter justiça social com jovens desta geração que um dia serão as âncoras da sociedade, onde o principal mote é levar vantagens em tudo como pouco trabalho e sem se importarem com cidadania, respeito às pessoas e a preservação ambiental? Exemplos disso? Condutas reprováveis de muitos motoristas no trânsito, acumulo de sujeira em áreas de eventos e praias e descaso com a preservação ambiental.

 

O Brasil tem solução, mas é preciso que o governo e as pessoas queiram. A situação da educação e cultura no Brasil é desoladora e se deteriora ano após ano.

Segundo dados divulgados pela revista de educação (https://revistaeducacao.com.br/2018/06/29/cai-numero-de-jovens-que-querem-ser-professores-diz-relatorio-da-ocde/), cada vez menos jovens desejam ser professores. No período entre 2006 e 2015, a taxa de adolescentes brasileiros na faixa de 15 anos que almejavam seguir a carreira docente, caiu de 7,5% para apenas 2,4%. Os dados constam em relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

 

A seguir, uma bela mensagem para refletirmos sobre o presente e o futuro do povo brasileiro:

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