Fórum de Saúde da Granpal cobra investimentos do  governo do estado na saúde do Rio Grande do Sul

Fórum de Saúde da Granpal cobra investimentos do governo do estado na saúde do Rio Grande do Sul

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A saúde do estado deixou de receber R$18 bilhões em recursos nos últimos 10 anos, o que é um dos motivos do cenário do atendimento aos pacientes hoje, com filas enormes, atrasos de salários de profissionais e desinteresse em habilitar novos serviços. A afirmação foi feita pelo secretário de Saúde de Porto Alegre e coordenador do Fórum de Saúde da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), Fernando Ritter, durante reunião realizada nesta terça-feira, 20, no Instituto Caldeira, em Porto Alegre.

“O encontro de hoje serviu para avaliarmos questões como o subfinanciamento, os hospitais públicos que perderam os recursos repassados pelo Governo do Estado, e entendemos que ainda não tivemos uma resposta à altura das necessidades da região metropolitana e dos municípios da Granpal”, afirma Ritter.

Além disso, os secretários reunidos no fórum decidiram que irão visitar outras regiões do Estado para ver a situação da saúde em outras associações de municípios para poder fazer um diagnóstico mostrando que o setor no Rio Grande do Sul está na UTI.

“O estado nunca cumpriu os 12% obrigatórios constitucionais, significa que ano passado mais de R$ 1,5 bilhões deixaram de ser destinados para o atendimento da população. Então, nós poderíamos estar com a fila muito menos intensa do que é hoje, e queremos mostrar para a população que a nossa saúde nunca foi prioridade, porque se fosse, tinham investido 12%”, diz.

Para ele, todos têm interesse em ampliar serviços, principalmente à noite. “O problema é que precisamos desembolsar recursos próprios e, com a crise financeira, os gastos em função das enchentes, a situação econômica do país que ainda não se recuperou em função da pandemia, fazem com que os municípios fiquem numa situação difícil”, finaliza.

O encontro serviu também para a definição de um Grupo de trabalho com os municípios de Porto Alegre, Canoas, Esteio e Sapucaia para definir quais especialidades médicas são as mais críticas e, junto a Granpal, irão buscar credenciamentos de profissionais da saúde para suportar o atendimento na região metropolitana.