Rede de Opinião Entrevista – Elisa Grabovski
Por Edith Auler – jornalista
Paranaense de nascimento e atualmente morando em Santa Catarina, Elisa Grabovski tem se destacado no Brasil por suas palestras e encontros voltados ao fortalecimento emocional e à melhora das relações afetivas. Falando sobre temas como autoestima, atitude feminina, conquista e a chamada “síndrome da agradadora”, Elisa tem levado suas mensagens a mulheres de todas as idades. Atualmente, ela também desenvolve um projeto no Rio Grande do Sul, em parceria com a relações públicas e empresária Cláudia Horbe, da Her.be Consultoria. Em evento de lideranças femininas realizado em novembro de 2025 na charmosa Wellness Shop By Elevato, em Porto Alegre, Elisa falou com exclusividade ao Rede de Opinião sobre o seu trabalho, projetos e como usar a atitude como uma ferramenta emocional para conquistar seu grande amor.
Elisa, o que te motivou a começar a falar sobre autoestima e atitude feminina nas relações amorosas?
Eu comecei a falar sobre autoestima e atitude feminina quando percebi, na pele, o quanto é desafiador recomeçar a vida amorosa. Passei por um momento em que precisei equilibrar expectativas com a realidade e entendi que, muitas vezes, na vida amorosa, o amor não é o sentimento mais presente e sim, a rejeição, o medo e a dúvida. Foi nesse ponto que percebi que muitas mulheres, assim como eu, estavam tentando ser amadas, quando o que realmente precisavam era se escolher primeiro. Falar sobre autoestima e atitude feminina se tornou, então, a forma de transformar a minha dor em direção e de ajudar outras mulheres a fazerem o mesmo.
Como foi o momento em que você percebeu que esse seria o seu propósito de trabalho com outras mulheres?
Foi quando, depois de estudar, buscar ferramentas e conhecimento para me curar e encontrar as minhas próprias respostas das várias perguntas que eu tinha, eu vivi na prática o amor que eu desejei. A partir daí, eu entendi. Se eu conseguisse transformar minha história, outras mulheres também podiam. E o que era só uma busca pessoal virou uma missão, compartilhar o caminho, as ferramentas e as atitudes que mudaram tudo pra mim. Meu lema nasceu desse lugar: “No que depender de mim, nenhuma mulher mais vai passar trabalho na vida amorosa.”
A chamada “síndrome da agradadora” é um tema recorrente na tua palestra. Na sua visão, por que tantas mulheres ainda sentem a necessidade de agradar o tempo todo — e como isso interfere nas chances de viver um relacionamento saudável?
Porque muitas mulheres ainda acreditam que, agradando, mesmo sem reciprocidade, serão amadas e valorizadas. Confundem amar com agradar. Acham que, se forem compreensivas, disponíveis e sem conflito, serão finalmente escolhidas. Mas esse padrão gera o efeito oposto: em vez de inspirar desejo e compromisso, cria relações desequilibradas, onde ela dá demais e recebe menos. E o que nasce como tentativa de amor, acaba virando exaustão, desabastecimento e desvalorização, porque agradar o tempo todo é uma forma disfarçada de medo: medo de perder, medo de não ser suficiente.

Síndrome da agradadora – E o que nasce como tentativa de amor, acaba virando exaustão, desabastecimento e desvalorização, porque agradar o tempo todo é uma forma disfarçada de medo: medo de perder, medo de não ser suficiente. Crédito das fotos Edith Auler – exclusivo
Você disse em sua palestra que ter atitude é essencial também no amor. Que tipo de atitude faz diferença na hora de conquistar e manter um relacionamento equilibrado?
Ter atitude no amor não é ser dura, controlar o outro ou fazer a parte dele, é gerar as causas certas para as coisas acontecerem. É entender que quem planta espera colher mais espera. A mulher que tem atitude não torce para ser escolhida, ela escolhe. Ela não espera que um dia, ele perceba o quanto ela é incrível, ela se posiciona para ser percebida assim. Atitude é saber conduzir uma relação sem pressão, mas com intenção. É transformar o “vamos ver no que vai dar” em “eu sei o que quero e vou me comportar de acordo com isso”. Porque mulheres intencionais não esperam para ver no que vai dar, elas se tornam o que desejam viver.
Como o efeito Zeigarnik — essa tendência de lembrar e se prender ao que ficou inacabado — pode influenciar as relações amorosas e até prender algumas mulheres em histórias que não as fazem bem?
No amor, esse efeito é muito comum. Ele faz com que as histórias “sem pontos finais” voltem com mais intensidade. A mulher revive cenas, mensagens e expectativas, tentando, mentalmente, resolver algo que, na prática, nunca teve uma conclusão real. Mensagens que ela envia sem resposta, sumiços que não tem motivo aparente, términos inesperados. Ela se pergunta o que fez de errado, busca sinais que não enxergou, nas redes sociais busca pistas e respostas, e sem perceber, permanece ligada ao que ficou pendente. Enquanto o cérebro busca o “fim que não veio”, o coração continua em modo espera. E nessa espera, ela deixa de viver o novo, porque está, inconscientemente, tentando “terminar” o que já acabou. O antídoto é o encerramento consciente: dar um fim dentro de si ao que ficou inacabado fora. É olhar para a própria história e dizer: “Talvez eu nunca tenha todas as respostas, mas eu me liberto dessa história.” Quando a mulher faz isso, ela interrompe o ciclo do Zeigarnik e abre espaço para um amor real, inteiro, leve e recíproco.
Seu trabalho vem crescendo muito, com grupos e encontros presenciais em várias regiões do país. Como tem sido essa troca com as mulheres e o que mais te emociona nesses encontros?
Neste último encontro escutei de uma participante “eu confesso que vim um pouco descrente e saio daqui com a certeza que é possível viver o amor. Saio daqui leve e confiante de que existe um caminho que eu não conhecia antes”. Essa fala dela representa muito do que são essas trocas e o porquê delas serem tão especiais. O que mais me emociona é ver mulheres saindo com brilho no olhar e a certeza das coisas maravilhosas que conquistaram. Receber delas, pós evento, depoimentos que estão namorando, noivando é incrível. Elisa, para encerrar. quais são os seus próximos projetos?
O que vem por aí nessa parceria com a empresária Cláudia Horbe no Rio Grande do Sul e quais são seus planos para o futuro como palestrante e mentora de mulheres?
Eu amei estar aqui em Porto Alegre, foi simplesmente sensacional. Voltarei com novidades para cá. Os próximos projetos incluem o lançamento de novos cursos on-line voltados para mulheres solteiras que desejam viver relacionamentos saudáveis, mentorias de negócios para mulheres empreendedoras e outras surpresas que estão sendo preparadas com muito carinho. A Cláudia é uma parceira de negócios e de vida, esse foi apenas o primeiro, de muitos projetos, que ainda pretendemos realizar juntas. Meu foco agora é expandir o alcance desse movimento: levar as mensagens, dinâmicas e transformações que já acontecem nos encontros presenciais para ainda mais mulheres, em diferentes estados e formatos. Meu propósito é o mesmo que me move desde o início. Que cada mulher descubra que existe um caminho mais curto e leve para conquistar o amor.

Numa parceria com a empresária Cláudia Horbe, da Her.be Consultoria, a palestrante Elisa Grabovski esteve em Porto Alegre em evento na Wellness Shop By Elevato. Atividade focada para inspirar mulheres a retomarem a autoestima e o poder de conquista em 01 novembro de 2025. Crédito imagem Edith Auler



