Ao analisar as doutrinas que recomendam caminhos para reduzir a tibieza da economia brasileira no mercado global, encontro proposições semelhantes as minhas convicções sobre a matéria. Para reverter à vulnerabilidade da economia brasileira, é preciso haver postura mais ativa no cenário internacional, conjugada com medidas produzidas para alcançar os objetivos no longo prazo, abolindo comedimentos populistas que extraem votos no curto prazo para a manutenção do poder, sem, contudo, promoverem soluções mais duradouras.
Inspiro minhas convicções no mesmo viés do colega Antônio Corrêa de Lacerda, respeitável Professor do Departamento de Economia da PUC-SP que em seus escritos para a literatura, defende um conjunto de ações macroeconômicas para minimizar e quiçá, reverter o quadro caótico que está à economia nacional:
[1] Balança Comercial: expansão das exportações e redução das importações, ambas induzidas por políticas voltadas à competitividade para diminuir a vulnerabilidade externa; [2] Incentivo a multinacionalização das empresas nacionais com o fortalecimento dos grupos domésticos para elevar a receita das remessas de lucros e dividendos e ampliar a participação no mercado externo; [3] Fortalecer o turismo, fator gerador de divisas, a exemplo de vários Países que usam essa estratégia para minimizar o problema das contas externas; [4] Incentivos aos investimentos nacionais em setores de tecnologia avançada para criar novas fronteiras de exportações; [5] A estrutura tributária tem viés ante exportador, pois os produtos nacionais são pouco competitivos no mercado externo, o que mostra a enorme distorção que precisa ser corrigida.
Portanto, a inserção mais sólida na economia global, seguida de política econômica voltada para o desenvolvimento, pode colocar o País na rota do crescimento sustentado no longo prazo. É preciso haver visão prospectiva, ou seja, visão de futuro para que de fato se concretizem os projetos tangíveis. Mas, se a política econômica atual permanecer na inércia isso pode agravar a dependência externa, comprometer ainda mais as contas nacionais e provocar grande deterioração na sociedade produtiva.
As premissas aqui apontadas, em menção ao Professor Lacerda, não são simples de ocorrer, seja porque os políticos não reúnem a capacitação para a leitura dos benefícios em longo prazo, seja porque os recursos públicos para investimentos estão comprometidos à manutenção de um modelo de poder retrógrado que rejeita reformas mais profundas.
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