Ganhar título no futebol não é para quem quer,é para quem pode.E como pode o Internacional de ontem, de hoje e de sempre! O desfecho do campeonato gaúcho de 2.016 consolidou um patrimônio de títulos que nenhum outro clube brasileiro possui. Alem de ter alcançado na vitória de 3 a 0 sobre o Juventude o outro titulo de hexacampeão gaúcho, o Clube do Povo somou 45 conquistas regionais desde sua fundação. E da melhor maneira possível para quem confia num futuro ainda mais promissor do time comandado pelo técnico Argel Fuchs: com oito jogadores titulares ou quase oriundos das categorias de base do clube. Por pouco, muito pouco, o Internacional não se tornou campeão invicto. Apenas uma derrota inesperada para o Veranópolis impediu que o titulo fosse ainda mais brilhante. Mas foi da maneira como gostam de ver os apreciadores do futebol, sem motivos para alimentar fanatismos que sempre querem diminuir os méritos dos adversários. A finalíssima disputada contra o Juventude no Beira-Rio, decidida com três gols de cabeça marcados por Sasha, Paulão e Gustavo, não teve nenhum erro de arbitragem, nem qualquer incidente em campo que se transformasse em motivo de criticas para adversários inconformados. Louve-se também o comportamento dos jogadores do Juventude, mesmo dos punidos por cartões amarelos em virtude de jogadas ríspidas. Todos permaneceram na boca do túnel a espera do momento de receber as medalhas destinadas aos vice-campeões. Tenho certeza de que havia de parte deles a consciência de que haviam perdido para um time superior. Afinal de contas, nos dois jogos disputados para decidir o titulo o time do Internacional marcou quatro gols e não sofreu nenhum.
Embora e possa fazer um ou outro comentário critico em relação as possibilidades do time no Brasileiro, que está começando, no Gauchão o seu desempenho foi exemplar. O time correspondeu ao desejo do presidente Vitório Píffero, que antes do início do Gauchão, disse que queria ver o troféu do hexa guardado no Beira-Rio.No domingo dedicado às mães, também havia no Beira-Rio outro desejo dos colorados: de que a memória do ídolo Larry Pinto de Faria, falecido dois dias antes da final, fosse exaltada com uma apresentação elogiável do time. O carioca Larry não foi apenas um grande jogador do Internacional. Foi um carioca que se tornou apaixonadamente colorado e gaúcho, escolhendo Porto Alegre para viver ao lado de sua esposa e filhos após largar o futebol profissional. Em qualquer lugar onde se encontre, no espaço infinito, com a luz de uma estrela destacando seu rosto tranquilo, Larry deve estar novamente emocionado com outra conquista maiúscula do clube que lhe deu tantas alegrias.
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