A região se estende do Mar Mediterrâneo ao Rio Jordão. Os judeus chamam o lugar de terra de Israel, os árabes de terra da Palestina. Ambos reivindicam o domínio do território. Os conflitos no Oriente Médio têm muitas razões, a mais acentuada é a jurisdição: israelenses e palestinos lutam pela soberania e ambos alegam ter direito milenar. Outros contrapontos são a cultura e a influência dos valores ocidentais sobre as tradições árabes de longo tempo, por isso a discórdia perdura há séculos.
Banidos da região pelo Império Romano no séc. I DC, as gerações de judeus esperaram por séculos o retorno à terra prometida. Para os muçulmanos, Jerusalém é a terra sagrada do profeta Maomé. No século XII, os judeus foram massacrados pelas Cruzadas. Depois de séculos, muitas comunidades religiosas judaicas migraram para a terra de Israel. A maciça chegada dos judeus à terra santa foi chamada de Sionismo, em menção à Colina de Sion, em Jerusalém.
No holocausto nazista na 2ª Guerra Mundial, muitos povos se comoveram com o massacre judeu. Surgiram movimentos à criação do Estado Judeu na Palestina. Em 1947, a ONU definiu os limites dos territórios entre judeus e palestinos. Com a retirada das tropas britânicas que ocupavam a região, começou em 1948 a guerra entre Israel e a Liga Árabe liderada pela Jordânia e o Egito. Israel venceu o embate e ocupou as áreas dos palestinos, ampliando para 75% o domínio na região.
O Egito passou a controlar a Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia. A Organização para Libertação da Palestina – OLP adotou o terrorismo como estratégia de luta contra Israel que, por sua vez, com apoio das potências ocidentais, adquiriu complexa estrutura bélica.
Em 1967, Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia criando colônias judaicas protegidas pelas forças armadas. A estratégia era a de consolidar o domínio no território conquistado. Hoje, mais de 170 mil judeus vivem em assentamentos nos territórios ocupados por Israel. Um dos grandes obstáculos à paz é a luta pelo domínio de Jerusalém, cidade sagrada para judeus e árabes muçulmanos.
A violência e os atentados terroristas assumidos pelo Hamas e Hezbolah, grupos extremistas árabes que pregam o extermínio dos judeus, acirram as tensões. O exército de Israel responde com violência, atingindo, inclusive, a população civil. Como se vê, o conflito vem de longa data. A intolerância de parte a parte aos dogmas religiosos e o extremismo, impedem a convivência pacífica de povos heterogêneos.
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