Dois pênaltis cobrados em estádios distantes um do outro testaram a resistência do meu coração no fim de semana em que os atletas olímpicos se despediram do povo brasileiro. No Maracanã Neymar cobrou o pênalti que garantiu o ouro para nossa seleção de futebol masculino, após renhido confronto de 120 minutos sem vencedor na final contra a Alemanha.
E no Beira-Rio, um dia depois,domingo, Valdívia cobrou o pênalti que poderia ter garantido a vitória do Internacional diante do São Paulo. A cobrança de Neymar foi perfeita e fez vibrar milhares de brasileiros porque a vitória foi contra a Alemanha, que nos deixou em profunda depressão na Copa do Mundo de 2.014.
Já a cobrança de Valdívia foi marcada por um momento de tristeza do jogador e de milhares de colorados que queriam ver a bola entrar na meta do São Paulo após uma dúzia de jogos sem direito a uma vitória sequer. Valdívia desperdiçou o pênalti e fez o meu coração se agitar perigosamente como se estivesse vivendo um pesadelo.
Eu aguardei as duas cobranças com o pensamento positivo, torcendo pelo êxito dos dois jogadores. Mas, e se eu tivesse que fazer a escolha pelo sucesso de um ou outro jogador? Nem preciso responder. A seleção é de todos nós, mas está distante da realidade gaucha, onde predominam as atenções para os desempenhos do Grêmio e do Internacional, principalmente. O Internacional faz parte do meu cotidiano e quando seu futebol vai mal não me sinto à vontade para erguer brindes ou trocar abraços efusivos. Mas depois de ver o choro emocionado do Neymar e o abatimento do Valdívia e de recomeçar o meu cotidiano após a Olimpíada, ainda tenho disposição para não jogar a tolha.
A volta por cima do Internacional no Brasileiro está próxima. Na partida contra o São Paulo,o empate em 1 a 1 não premiou o melhor time em campo. A bola chutada por Valdívia não foi ao encontro das mãos do goleiro adversário, mas se fosse é possível que ele a espalmasse para um dos lados da meta como fez outras vezes no decorrer do jogo. Denis foi , sem duvida alguma, o melhor em campo.
E por isso o Internacional não fez mais do que um gol na partida. Inegavelmente, porém, o time melhorou no segundo jogo sob o comando do Celso Roth. E o volante Eduardo Henrique, que fez sua estréia com a camisa vermelha, foi uma grata surpresa. A volta por cima do Internacional está demorando, é verdade, mas vai acontecer. O negativismo e o pessimismo não serão vencedores em relação ao Campeão de Tudo.
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