O futebol pode ser ciclotímico, como disse certa vez um dirigente – de vida esportiva, como tal, ciclotímica, diga-se de passagem – mas também é muito repetitivo. Às vezes beirando o enjoativo.
Se se derem ao trabalho de revisar notícias, comentários, debates no setor, para não avançar muito, nos últimos 30 anos, verão que eles só se alteram pela data, mas no cerne não há qualquer diferença. E é assim que os programas esportivos seguem iguais, sempre o mesmo tema de fundo e sempre as mesmas opiniões concordando ou não e decorados com panos meritórios que não saem da parede. Eu diria um pouco mais de 30 anos a temática título vem, ano após ano, ocupando o mesmo espaço. Diria que aqui na terrinha desde 1984 quando o Grêmio estava desfrutando dos louros da primeira LA e do Mundo em 1983, que teve inicio esta romaria. Desde que houve acúmulo de campeonatos que este tema é tema.
Se é de ser priorizado uns em desfavor de outros e por consequência se deve ser utilizados reservas ou não diante tantas disputas e na medida em que umas valem mais do que as outras e ou possibilitam universos melhores, eventual ou instantaneamente. Desde o início do ano este dilema enche os noticiosos, e as medidas. Campeonato Gaúcho que nasce com a LA rodando, ou ao contrário, esta que avança entre o Brasileiro e Copa do Brasil, e ou esta com aquela, e ainda tem a Liga e ainda tem quem se prepare para o mundial … é ainda em excesso.
Puxa ia esquecendo a Sul Americana, que é uma competição meio regional, das que só vale quando se ganha e só então é lembrada – uma espécie de segunda divisão da América mas que vale o título de campeão de tudo, sem contar com as Recopas, as Surugas – esta só valeu uma vez e ninguém mais sabe quem tem ganho e sequer se ainda existe. Mas não percam por esperar. Vai piorar.
A LA infla a todo ano com mais times brasileiros, agora são sete (B + CB) que podem ser oito. Ano que vem quem gosta deste prato estará de barriga cheia, deleite da mídia que não tem assunto para todos os dias então pode se mover para cima e para baixo nos mesmos. No caldo, apimentem com convocações das seleções de cima e as de baixo, a nossa e a dos outros que levam os nossos. Ontem escutei teses e teses sobre reservas e prioridades. Uns poucos criticando Renato porque escalou reservas outros muitos elogiando porque deu certo – tivesse dado errado trocava a posição de criticas e elogios.
Como esta lenga lenga tem início em 1984, concluo que a culpa é do Grêmio, face a LA e o Mundial de 1983. Que nos condenem por isto também.
Saudações Tricolores.
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