ENQUANTO OS CÃES LADRAM O CAVALO PATEIA | Por Carlos Josias

ENQUANTO OS CÃES LADRAM O CAVALO PATEIA | Por Carlos Josias

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Bastou um tropeço contra o Corinthians para que os pescoços do oportunismo empurrassem cabeças para fora.

Faz parte. O futebol mudou muito, menos nisto. O futebol muda muito, o que não muda são os velhos rançosos. Me disse um grande amigo: o futebol muda mas alguns comentaristas não. Houve uma enxurrada de teses de domingo para hoje. Teóricos. No jogo contra o Furacão em dez arrasadores minutos o Grêmio exibiu um futebol de luxo e praticamente encaminhou a classificação. Claro, nada está garantido, até porque Palmeiras x Cruzeiro mostrou o que se sabe, o futebol é surpreendente. O que não é surpresa. Parece mas não é contraditório. Nem tudo que se vê é o que se percebe. Como consagrou Luigi Pirandello, assim é se lhe parece.

Foram dez minutos de puro espetáculo, dos 22 aos 32, com Barrios Matador, o jogo se definiu ali. O terceiro foi nitidamente de Kannemann. Renato meteu Everton e Fernandinho e este deu o passe para aquele liquidar a fatura. Foram quatro, poderiam ser seis ou mais. O mais bonito? Barrios é um cavalo, o chute que deu no primeiro gol foi um pataço, ou uma patada, como queiram.

Agora é só repetir. Só? As grandes partidas feitas pelo Grêmio este ano quando terminam nos levam a duvidar que possa repetir. No lado de fora os latidos dos cães ficam para trás. Ao menos até a próxima secada.

Saudações Tricolores!

Foto: Ducker

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