O trator movido a coração | Por Ricardo Soletti

O trator movido a coração | Por Ricardo Soletti

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Ao contrário do que o limitado Argélico Fucks viu, o Inter patrolou. Passou o carro, passou a máquina, massacrou, socou o Goiás neste terça.

Por exemplo, quem olhar os melhores momentos de todo o jogo não consegue dizer qual foi a cor do uniforme do Danilo Talibã.

Porque vencemos, convencemos e não sofremos.

Apesar de alguns poucos momentos de tentativas de “baile” do arisco Carlos Eduardo – sujeito interessante, vale a pena acompanhar, tivemos o controle do jogo e todo o mando de ações na partida.

Camilo e Damião começaram bem, os laterais finalmente estrearam no time, Dourado esteve mais seguro, Edenilson resolveu jogar e Pottker teve a força, a vontade e o faro de gol de sempre. Outra: paramos de nos acadelar quando fazemos um gol. Ontem, tentamos o segundo, o terceiro, o quarto. Não tiramos a mão do pescoço do Goiás em nenhum momento e isso também fez toda a diferença.

É claro que temos muito o que crescer. É inegável que ainda precisamos fechar os 11 titulares em pleno agosto.

Mas também é certo que o ânimo e o futebol mudaram e, com ele, a nossa perspectiva nesta maldita segundona.

Mais do que futebol, o time está mostrando fome. Fome de vencer, fome de ganhar qualquer dividida, fome pra nunca se entregar em qualquer jogada.

Era isso que mais reclamávamos daquele time bunda mole: a falta de coração.

Ontem, a exemplo do jogo contra o Oeste, o coração esteve no bico da chuteira de cada jogador que entrou em campo com a camisa colorada. Jogaram, suaram, fizeram por merecer a honra de jogar num clube do tamanho do nosso e ter o apoio de uma torcida apaixonada. E que torcida!

35 mil colorados, numa terça feira, 9:30 da noite, num jogo de segundona, não é pra torcida fraca, pra torcidinha Nutella. Não tentem fazer isso em casa, crianças. E chupa, ESPN! Que estes dias fez uma matéria canalha, dizendo que a torcida havia abandonado o time.

E, claro, chupa Argel! Que chegou aqui tirando onda, com papinho mole, tomou um baile e foi atropelado pelo trator.

Inter, a um jogo de completar o primeiro turno, finalmente dá mostras de que realmente tá se endireitando. Que siga assim contra o Guarani, lá no Brinco de Ouro.

Mais do que Damião, Camilo, Pottker, Sasha & Cia, nosso time teve a volta do coração.

E isso vai sempre fazer a diferença pra qualquer um que vista esta camisa pesada de tanta glória.

Já podemos pensar em diminuir a dose do Rivotril.

 

Na boa e na ruim, Colorado até o fim!

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