Mais uma vez verifico que grande parte da nossa mídia se interessa em assistir jogos do Barça e Real (não que não sejam ótimos) sabem tudo de PlayStation mas é muito mal informada sobre o que se passa aqui, debaixo de seu nariz.
Desconhecem como jogam e o que são capazes de fazer. Pior, se dão ao luxo de traçar comparações de times da LA com os da série B (não estou fazendo alusão ao coirmão) como se isto fosse possível. Ignorância pura nuns, intenções duvidosas noutros. Jorge Wilstermann passou pelo Galo e o Barcelona ECU, calou o Allianz Parque. Ouvi muita pregação para comprar Robinho e Fred. Futebol se perde também com salários distantes num vestiário. E o Godoy? Aqui houve quem previsse goleada e até placares de 5 em diante foram cogitados.
Pois o Godoy não só veio com uma grande, alegre, festiva e impressionante torcida, como pegou o jogo todo, adiantou a marcação e mostrou um preparo físico soberbo. Me perguntava desde o início até quando suportariam aquele ritmo. Pois foram até o último minuto. Reparei ao encerrar o jogo que a maioria deles se agacharam exaustos pelo esforço que fizeram. Time digno de estarem disputando a LA. Abriram o placar depois de muitas andanças em nosso campo e o Grêmio precisou jogar muito para empatar e virar. O 1 x 1 inicial contou com a colaboração danosa dos goleiros, do nosso, que sofreu um gol em falha gritante, e do deles que deu rebote num chute forte, é verdade, mas falhou. Pedro Rocha, de novo, oportunista, presente, e decisivo, fez os gols de uma vitória suada num jogo tenso. O time se portou mais uma vez com muita garra e entrega, mostrando que sabe jogar bonito ou feio mas aplicado, com Geromel sendo Xerife na defesa, Kannemann – aquele zagueiro sem estatura, segundo um repórter míope – com imposição e comando de área de quem é Patrão, e Barrios importantíssimo o tempo todo fazendo jogadas de rara habilidade, fizeram parte de um final que arrancou aplausos de pé na Arena.
Barbada? Ignorância. Não tiveram infância – Barbada é mulher de circo. Homens velhos com anos de imprensa esportiva e continuam sem aprender. Para uns ainda é tempo, para outros não. Que a nova geração na crônica aprenda o que os mais velhos não conseguiram. Para fechar, uma esperança se abriu como uma ´janela`: Luan, em entrevista para a TV argentina foi revelador: acho que a torcida não vai precisar fechar a porta do Aeroporto, estou muito feliz aqui, tenho interesse na Seleção Brasileira e falam muita coisa. Amém. Saudações Tricolores!
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