Noite de líder, de Damião, de D’Alessandro e da santinha | Por Ricardo Soletti

E numa noite quente de sexta-feira, a torcida colorada lotou o Beira-Rio e viu o seu time jogar bem, vencer e virar líder desse inferno de segundona.

Gostei de ver, mais uma vez, a pegada e a vontade do time. Claro que esta vontade vem acompanhada de um preparo físico que tá em dia agora.

Damião, com aquela garra, com faro de gol e sabendo que é mais boneco de posto do que Ibrahimovic, me serve muito. Nessa sexta, jogou como jogava em 2011 e nos deu a esperança de que, finalmente, temos um matador. Bem-vindo, Damigol.

D’Alessandro relembrou à imprensa qual é o verdadeiro conceito de craque, de líder e de referência técnica. Três assistências para os três gols do time. O resto é pipoca, se é que me entendem.

3 a 2 acabou sendo um placar mentiroso e injusto, mas importante para que o time não relaxe na hora errada e siga corrigindo seus erros. Hoje, a zaga foi mal nos dois gols e o Winck segue com problemas oceânicos para aprender a marcar o adversário.

Enfim, que bom que ganhamos, que jogamos bem e que já estamos abrindo uma boa vantagem em relação ao quinto colocado.

Pra terminar, gostaria de dizer que quero, e muito, ser campeão da segundona. Só pra levantar a taça e, na sequência, fazer com ela o que se fazia antigamente com a capelinha de Nossa Senhora, que peregrinava de tempos em tempos por todas as casas de uma mesma rua.

Pois eu quero que a nossa taça seja itinerante. Uma semana, vai ficar na casa do Piffero. Na outra semana, fica na casa do grande conhecedor de futebol, o Pellegrini. Na outra, vai pra casa do Affatato e assim por diante. Até que todos os gênios da gestão que nos enterrou nessa lama possam ver e tocar no produto da lambança maldita que fizeram.

No mais, gostaria de saber onde o Michel Teló amarrou ou colocou o cavalinho dele depois de quarta.

Na boa e na ruim, Colorado até o fim.

Foto: Sport Club Internacional