Dia 19 de agosto foi o dia do Historiador. Nesse dia, uma das maiores observações sobre o trabalho desses profissionais foi o a necessidade de relembrar fatos e contextos históricos tidos como inexistentes. Principalmente aqui no Brasil.
Indígenas são chamados de invasores de terra: os verdadeiros nativos do país, muito desprezados pelos grandes fazendeiros. Que justificam sua posse com a desculpa de que “índio não faz nada”. Depois, o MST invade as terras improdutivas (dos fazendeiros “que não fazem nada”) e acham feio.
Falando em “não fazer nada”, alguns pedem a volta da ditadura como solução política contra a ociosidade de nossos representantes. Adoraram falar que não existia corrupção na época do governo militar. Queridos: a imprensa era proibida de denunciar ou criticar o governo. Quando o jornal tentava contar ou comentar alguma coisa desagradável aos olhos das autoridades, colocavam uma receita de bolo para tapar a notícia. Assim é fácil ser honesto e sem defeitos.
E quando se faz algo de bom e uma instituição pede para esquecer e não contabilizar? É o que a FIFA está fazendo com os clubes que ganharam o título mundial de interclubes. Por exemplo, o Grêmio não é campeão mundial porque venceu a competição em 1983, quando a FIFA não organizava o torneio.
Além disso, a fórmula era diferente e clubes da África, Ásia e Oceania não participavam. Se a moda pegar, daqui a pouco, Brasil deixará de ser pentacampeão ( pois em 1958 não existia o VAR); e o Charles Miller não será mais considerado o “pai” do futebol no Brasil (no seu lugar, vão colocar o Ricardo Teixeira).
Resolver os problemas causados por quem não faz nada apagando a história, não dá certo! Pesquise sobre os fatos(sem medo de ler e ouvir). E se a recordação doer, transforme-a em alerta para as pessoas. Ou corremos o risco de sofrer de novo e perder o que conquistamos.
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